Os trabalhadores da Metalsa, em Campo Largo, deram hoje de manhã, em assembleia em porta de fábrica, 48 horas para a empresa definir o impasse em relação às datas para o reajuste da data base 2010 e para o pagamento do abono salarial. Caso a empresa não atenda a reivindicação até segunda, os metalúrgicos já definiram que irão parar as atividades.

A assembleia  começou com os trabalhadores rejeitando a proposta da empresa em relação à pauta de reivindicações que foi ratificada na segunda passada (18). Na proposta, a Metalsa oferecia um reajuste de 10,08% (INPC + aumento real) há partir de fevereiro de 2011, um abono de R$ 2 mil a serem pagos em duas parcelas (a primeira em 15/12/2010 e a segunda em 15/01/2011), reajuste do vale mercado no mesmo índice, implantação de delegado sindical, redução da jornada há partir de junho de 2011, piso salarial mínimo de R$ 1.300 e implantação de plano de saúde. Também foi apresentada uma segunda proposta, com alteração apenas no abono salarial: R$ 1.800 pago em parcela única há partir de dezembro.

Os trabalhadores apresentaram então uma contra proposta: aceitavam o índice de reajuste e os outros benefícios oferecidos com alteração somente no valor do abono que deveria ser de R$ 2.500 em parcela única e tudo deveria começar a ser pago há partir de dezembro. Com a reivindicação dos trabalhadores em mãos, o Sindicato se reuniu na mesma hora com a empresa para negociar.

Após a reunião, o SMC apresentou duas novas propostas da Metalsa: aumento de 10,08% a serem pagos há partir de fevereiro e primeira parcela do abono no valor de R$ 1.800 com pagamento em dezembro mais uma segunda parcela de R$ 500, 00 para pagameto em janeiro ou reajuste salarial de 10,08% há partir de 1º de janeiro mais parcela única de abono no valor de R$ 2mil com pagamento em dezembro.

A proposta foi rejeitada pelos metalúrgicos que deram então carta de 48 horas para a empresa. Ficou definido também que se não houver proposta na próxima segunda (25), os trabalhadores entrarão automaticamente em greve.

A Metalsa possui cerca de 300 trabalhadores e produz chassis para caminhões e ônibus.