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Estudo revela que Ponta Grossa tem o piso salarial mais baixo do setor metalúrgico no PR

Trabalhador do setor da reparação de veículos da cidade tem salário inicial entre R$ 600 e R$ 700, contra R$ 950 e R$ 1050 em Curitiba

 Estudos da Federação dos Metalúrgicos do Paraná (Fetim), com dados do Dieese, revelam que a cidade de Ponta Grossa tem os piores pisos salariais e salários de ingresso da categoria metalúrgica no Paraná. No segmento da reparação de veículos, que faz parte da área metalúrgica, com data-base em setembro, o salário inicial varia entre R$ 600 e R$ 700. Em Curitiba, um funcionário que atua no mesmo ramo, começa ganhando entre R$ 950 e R$ 1050.

 A situação se torna ainda mais desigual para o metalúrgico pontagrossense quando a comparação é feita com funcionários das montadoras de São José dos Pinhais, Renault e Volkswagen. Lá, o piso de ingresso é de R$ 1.700. Quase R$ 1.000 a mais.

Também há diferenças no setor de metalurgia (data-base em 1º de dezembro) em relação a outras cidades do Paraná. Em Londrina, por exemplo, o piso salarial foi fixado em R$ 910,80. Em Maringá, nenhum trabalhador metalúrgico começa ganhando menos que R$ 890. Em Curitiba, o piso é de R$ 1.049,40. 

 Na indústria Hubner, que tem fábricas em Ponta Grossa e em Curitiba, as discrepâncias ficam evidentes. Na capital, o trabalhador tem salário inicial de R$ 1.150. Já em Ponta Grossa, o salário de ingresso é de R$ 800. Empresas iguais, salários diferentes.

Valores abaixo da média
 Dados de pesquisa do Sebrae divulgada recentemente mostram que o salário inicial pago aos metalúrgicos da reparação de veículos de Ponta Grossa estão bem abaixo da média de outros segmentos econômicos no Paraná. Na construção civil, a média salarial é de R$ 1.151. No comércio, R$ 1.059. Já no ramo da indústria, o salário médio é de R$ 1.131.

Ilha do atraso
Enquanto em Curitiba crescem cada vez mais os salários dos metalúrgicos, Ponta Grossa parou no tempo. Recentemente os metalúrgicos de Ponta Grossa fecharam acordo de data base com pisos salariais pouco acima de 700 reais, enquanto em Curitiba o piso é de 1050 e 1700 nas montadoras. Mesmo na comparação com Londrina, Maringá e outras regiões do Paraná, é fácil verificar que Ponta Grossa está virando uma ilha do atraso e da precarização do trabalho, tendo inclusive denúncias de trabalho escravo.

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