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Sindicato participa de 1º Encontro Nacional de Comunicação da CNTM

Cerca de 150 jornalistas sindicais de 12 estados brasileiros participaram nos últimos dias 17 e 18 de junho, em São Paulo, do 1º Encontro Nacional de Comunicação, promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) / Força Sindical. Um total de 81 entidades estiveram presentes no evento, que teve como tema a “informação de qualidade para os trabalhadores”. Do SMC, participaram os jornalistas Gláucio Dias e Guilherme Ochika. Durante os dois de trabalho, dirigentes sindicais e assessores de imprensa dos departamentos de comunicação de sindicatos e federações filiadas à confederação, assistiram a palestras e discutiram formas de melhorar a comunicação com os trabalhadores.

Participaram do encontro o presidente da CNTM, Eleno José Bezerra, o presidente da Força Sindical e deputado federal, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, além de várias lideranças sindicais de todo o país. Alguns convidados especiais também compareceram, como os renomados jornalistas Paulo Henrique Amorim, (ex-TV Globo e atualmente na Record), Sérgio Gomes (Oboré Editorial) e Alberto Luchetti (ALL TV).

O presidente da Confederação, Eleno José Bezerra, abriu o evento falando da importância da comunicação entre sindicato e trabalhadores. “Precisamos valorizar nossos setores de comunicação e ter uma mídia própria forte para contrapor a mídia tradicional que despreza as conquistas e as ações sindicais em defesa dos trabalhadores. Este encontro é um passo fundamental para encontrarmos novas formas para viabilizar nossos projetos”, ressaltou. Em seguida, o presidente da Força e deputado federal, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, defendeu a implantação uma ampla rede de comunicação entre as entidades sindicais filiadas à Força. “Precisamos dar cada vez mais visibilidade às lutas e conquistas dos trabalhadores. E com os nossos comunicadores agindo de forma integrada, vamos dar um grande passo nesse sentido”, opinou.

Esforço Estratégico

O consultor sindical e sociólogo João Guilherme Vargas abriu a série de palestras do encontro. Com uma vasta experiência no movimento, ele destacou o papel da imprensa sindical na comunicação com a base. “A comunicação é um esforço estratégico. Os comunicadores lidam com idéias e ações e são de fundamental importância no processo de diálogo com os trabalhadores. Nosso desafio é melhorar ainda mais nesse aspecto”, afirmou. Durante sua palestra, João Guilherme falou também sobre liberdade de imprensa, conquistas da classe trabalhadora e defendeu a seguinte tese: “se nós não nos comunicarmos bem com a nossa base, ninguém o fará por nós”, disse.

Monopólio da Comunicação

Com a bagagem de muitos anos de trabalho na Rede Globo, o jornalista Paulo Henrique Amorim, atualmente na TV Record, falou sobre a mídia brasileira. Para ele, existe um monopólio da comunicação do país, restrito a poucos veículos. “O Brasil tem três grandes jornais, que são a Folha, O Globo e o Estado de S.Paulo. O Brasil possui três agências de notícias, que são a Agência Globo, a Agência Folha e a Agência Estado. Esses grupos praticamente mandam na comunicação do pais, o que obviamente não é saudável”, criticou. Amorim elogiou também a postura dos sindicatos em investir na comunicação digital, já que hoje a Internet se tornou uma ferramenta quase que indispensável. “Hoje em dia já se vende mais computadores do que televisores no Brasil. Entramos em uma nova era, a da tecnologia. São novas maneiras de pensar, agir e se comunicar. Precisamos acompanhar essa evolução para sermos mais eficazes no processo de comunicação”, aconselhou.

Batalha da informação

Sindicatos x Empresas: quem está vencendo a batalha pela hegemonia na comunicação com o trabalhador? Esse foi o tema da palestra seguinte, ministrada pela professora Roseli Fígaro, da Universidade de São Paulo (USP). Segundo ela, para enfrentar o discurso das empresas o movimento sindical deve abrir novos caminhos de comunicação e voltar a interagir de forma pessoal, mais afetiva e permanente com os trabalhadores. “O sindicato é a casa do trabalhador. Há de se ter uma maior aproximação entre sindicato e trabalhadores”, defende. O palestrante seguinte foi o jornalista e criador da ALL TV (TV via internet), Alberto Luchetti. Ele falou sobre a necessidade dos sindicatos e federações de trabalhadores se adequarem à era digital. “Hoje, 99% do território brasileiro já tem internet. É uma ferramenta de comunicação poderosa, que está se expandindo de maneira assustadora”, diz.

Documento histórico

O segundo dia do encontro de comunicação da CNTM teve a participação do jornalista Sérgio Gomes, da Oboré Editorial, empresa que assessora vários sindicatos no Brasil. Gomes, inclusive, foi o responsável por organizar o departamento de imprensa do SMC, quando este foi criado no ano de 1986. Durante seu discurso, o jornalista apresentou um documento histórico: o primeiro jornal sindical do Brasil chamado de “A Voz do Trabalhador”, datado de 1905. Ele defendeu a necessidade de se preservar e divulgar estes materiais. “É parte importante da história da luta trabalhista do país. Serve de exemplo para as atuais gerações”, disse. Na seqüência, o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, falou sobre a história do departamento e como ele ajudou e vem ajudando o movimento sindical na mesa de negociação com os patrões.

Encerramento

O último palestrante do encontro foi João Franzin, autor do livro “Imprensa Sindical – Comunicação que organiza”. Ele falou sobre a pouca atenção que a grande mídia dá ao movimento sindical e às conquistas dos trabalhadores. “Quando as assinaturas do abaixo-assinado das 40 horas foram entregues à Câmara, os grandes jornais preferiram dar mais destaque ao caso do Paulinho do que o fato em si. Quer dizer, um momento histórico foi praticamente ignorado”, lamentou. Contra isso, ele defendeu uma atuação mais efetiva da imprensa sindical. “Precisamos melhorar cada vez mais nossa comunicação com a base, seja por boletins, jornais, internet, programas de rádio ou tv”, afirmou.

Logo depois, a empresa Jaws Digital apresentou o novo site da CNTM. O portal, que deverá entrar no ar em breve, proporcionará que as entidades sindicais façam exposições em áudio, vídeo e fotos das atividades locais. O departamento de imprensa do SMC também foi convidado a expor seu trabalho (ver matéria). Finalizando o encontro, os participantes se dividiram em dois grupos para idealizar a criação de departamentos de comunicação nos sindicatos e como colocar em prática uma rede de comunicação da CNTM / Força Sindical. As propostas foram aprovadas pela plenária e encaminhadas ao Departamento de Comunicação da Confederação, que vai coordenar a execução das metas.

Clique aqui e confira as fotos do evento.

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