Trabalhadores da fábrica da Volvo, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), realizaram assembleia hoje (15) pela manhã, e aprovaram por unanimidade proposta de acordo salarial de 2013 negociado pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) e montadora. A conquista veio após três dias de paralisação.

O pacote engloba R$ 30 mil de Participação nos Lucros e Resultados para 100% das metas, com adiantamento da primeira parcela de R$ 19 mil já para maio, vale-mercado de R$ 350,00 a partir de junho e aumento salarial com base na reposição da inflação mais aumento real de 3,5% para setembro. Em relação a 2012 foi registrado evolução de 20% na PLR e de 46% no vale mercado.

Além disso, a direção da Volvo, também se comprometeu em discutir o problema da terceirização, excesso de horas extras, garantia de estabilidade para os dirigentes sindicais e assumiu 50% das horas paradas da greve. A outra metade será direcionada para o banco de horas.

A fábrica da Volvo emprega 3 mil trabalhadores no chão de fábrica e 1.200 no setor administrativo. A unidade produz diariamente 74 caminhões pesados, 43 caminhões leves e 9 ônibus. A montadora abastece o mercado interno e também Chile, Uruguai, Paraguai, México e outros países.

Indicadores
A mobilização da categoria metalúrgica garantiu também indicadores com teto para o fechamento da PLR, com mínimo de 70% e máximo de 130%. “Com a forma que estes indicadores foram definidos, os trabalhadores da Volvo não terão as surpresas que tiveram no fechamento da apuração da PLR de 2012, ficando mais viáveis o atingimento de 100% das metas da PLR de 2013. Esta é nossa principal bandeira nas negociações de PLR para 2013”, analisa o presidente do Sindicato, Sérgio Butka. O objetivo da reivindicação é evitar que este ano a PLR não tenha os mesmos expurgos de 2012, quando houve uma perca de 20% do beneficio com o resultado operacional na Volvo.

Impacto
De acordo com o DIEESE-PR, o potencial de impacto do pacote salarial na economia do estado pode chegar até os R$ 123 milhões. “Esta conquista acaba sendo uma referencia também para outras categorias e acredito que seja um dos maiores acordos do Paraná”, analisa o economista do DIEESE, Sandro Silva.


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