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Congresso da Força aprova bandeiras de luta, paralisação nacional em 30 de agosto e elege nova diretoria

Mais de 4 mil delegados sindicais de todo o país participaram do Congresso

Três importantes deliberações foram tomadas pelos mais de 4 mil dirigentes sindicais de todo o país durante o 7º Congresso Nacional da Força Sindical. Realizado em Praia Grande (SP), de 24 a 26 de julho, o evento aprovou as bandeiras de luta da central para os próximos anos, definiu uma nova paralisação nacional em defesa da pauta trabalhista para o dia 30 de agosto, e também elegeu a nova diretoria da entidade.

A cerimônia de abertura do Congresso, na última quarta-feira (24), contou com a presença de lideranças sindicais nacionais, internacionais (representantes de 51 países estiveram presentes) e autoridades políticas, como o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias. “A luta pela pauta trabalhista é louvável. A democracia que vivemos hoje é importante, pois permite ao trabalhador ir às ruas reivindicar suas bandeiras. E é justamente nas ruas que o trabalhador avança e conquista seus direitos”, afirmou o ministro. Também fizeram parte da mesa de abertura o presidente da Força PR, Nelson Silva de Souza (Nelsão), o presidente do SMC e vice da Força PR, Sérgio Butka, e o secretário geral da Força PR, Paulo José Zanetti.

Propostas aprovadas e dia histórico para mulheres e jovens

As propostas elaboradas pelas Forças estaduais foram analisadas por nove grupos de trabalho formados pelos delegados sindicais presentes e apresentadas  para a votação na plenária de encerramento do Congresso na última sexta-feira (26).

 Entre as propostas aprovadas na plenária, o destaque foi a conquista das mulheres, que conseguiram incluir no estatuto da entidade a obrigatoriedade da Central reservar 30% das vagas nas direções nacional e estaduais para mulheres.

Outra grande conquista histórica, conseguida após muita luta, debates acalorados e através da liderança do Departamento da Juventude do SMC, foi a dos jovens, que também conquistaram o direito de incluir no estatuto clausula que obriga a central incluir cota de 10% de jovens tanto nas direções estaduais, como na direção nacional da Força.

Os dirigentes sindicais também reafirmaram seu repúdio ao Projeto de lei 4330, que pretende precarizar os direitos trabalhistas ao ampliar as possibilidades das empresas subcontratarem trabalhadores para desenvolver atividades meio e fim, correndo o risco de ter fábricas onde a maior parte das atividades seja terceirizada. Os delegados se comprometeram a intensificar a luta pelo arquivamento deste e de qualquer projeto que venha a enfraquecer os interesses dos trabalhadores.

Foi aprovada também, a criação da Secretaria Nacional dos Empregados (as) Domésticos (as) da Força Sindical, que ficará a cargo da sindicalista Eliane Gomes, de São Paulo.

Dia nacional de paralisação em 30 de agosto
A plenária aprovou ainda, por unanimidade, um dia nacional de paralisação em 30 de agosto, caso a presidente Dilma Rousseff não atenda as reivindicações de pauta trabalhista. Nesta data, serão realizadas greves e paralisações por todo o país, em diversos setores. Entre as principais bandeiras de luta, estão a redução da jornada para 40 horas semanais, o fim do fator previdenciário e o arquivamento do PL 4330, que amplia as terceirizações.

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, questionou também as negativas do executivo sobre alguns itens da pauta. “O governo diz que não tem dinheiro para acabar com o fator previdenciário, que custaria R$ 3 bilhões por ano. No entanto, dá R$ 18 bilhões aos empresários com a desoneração da folha de pagamento. Direciona uma fortuna para pagar os juros da dívida aos banqueiros. Isso sem falar que a economia vai mal, a inflação que corrói o salário dos trabalhadores, voltou. A taxa de juros aumentou. Nesse congresso que, representamos 16 milhões de trabalhadores. Vamos pressionar ainda mais o governo para atender a nossa pauta”, disse Paulinho.

Paulinho falou também que as manifestações nacionais organizadas pelas centrais no último dia 11 de julho, foram um aviso. “Foi um dia importante, de muita luta e mobilizações por todo o país. Logo depois, a presidente nos recebeu, mas até agora não atendeu nenhum item da nossa pauta. Demos um aviso da nossa insatisfação no último dia 11. Estamos abertos ao diálogo, mas se novamente não houver resposta, retomaremos as mobilizações com força total”, afirmou o líder sindical.

Grupos de trabalho
Os nove grupos de trabalho  discutiram também as políticas e bandeiras de luta da central. Os temas debatidos foram os seguintes: crise econômica internacional e o colapso do neoliberalismo; Economias emergentes, dinamismo econômico e multipolaridade; O debate estratégico sobre os rumos do desenvolvimento brasileiro; Lutar para mudar a política econômica; Desindustrialização e dificuldades para o crescimento robusto da economia; concluir a transição para uma nova política econômica; Governos Lula e Dilma e o diálogo social: um balanço; Recuperar o protagonismo do Ministério do Trabalho e Emprego; O combate às práticas antissindicais; A batalha pela Pauta Trabalhista; A Agenda do Trabalho Decente e A unidade dos trabalhadores é um elemento positivo e que deve avançar.

Eleição nova diretoria
Encerrando o Congresso, a plenária elegeu a nova diretoria nacional da Força Sindical. Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, segue na presidência da central. Vários diretores da Força PR compõe a nova chapa, entre eles, Sérgio Butka, Nelson Silva de Souza (Nelsão), Paulo José Zanetti, e Anderson Teixeira. Em breve, a relação completa da nova diretoria.

Delegação do Paraná fez bonito no Congresso
A delegação do Paraná que participou do 7º Congresso Nacional da Força foi formada por mais de 160 dirigentes sindicais de diversas categorias profissionais. Eles participaram ativamente das discussões, formulando propostas e bandeiras de luta para a entidade. “O Paraná mostrou posicionamento firme nesse Congresso. Defendemos e aprovamos nossas propostas, juntamente com os companheiros da Força Sul. Foi uma participação bastante consistente e positiva”, avaliou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba e vice-presidente da Força PR, Sérgio Butka.

“Nossa delegação mostrou a que veio nesse Congresso. Participamos de todos os grupos de trabalho, defendendo de forma democrática nossas posições. No final, conseguimos junto com os companheiros de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a aprovação da obrigatoriedade da cota de 10% de jovens na direção da central, tanto em nível estadual como nacional. Foi uma vitória significativa”, comentou o presidente da Força PR, Nelson Silva de Souza, o Nelsão.

Em breve, a relação completa da nova diretoria nacional da Força, todas as propostas aprovadas pela plenária e reportagem em vídeo do Congresso.


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