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Metalúrgicos dão prazo até dia 25 para montadoras atenderem reivindicações

Depois das negociações frustradas com o Sinfavea (entidade patronal que representas as montadoras da Grande Curitiba), realizada no último dia 18, os cerca de 9,2 mil  metalúrgicos da Volkswagen-Audi, Renault e Volvo decidiram, em assembléia hoje, 20, dar um prazo até o próximo dia 25 para que as reivindicações da categoria sejam atendidas. Os trabalhadores exigem 13% de reajuste salarial a serem aplicados já no mês de setembro. O índice corresponde a 100% do INPC (a previsão do Dieese para o período é de uma inflação de 7,60%), 5% de aumento real, abono salarial de R$ 1,5 mil, além da extensão de todas as cláusulas fechadas com as montadoras de São Paulo para o Paraná. A data-base da categoria é em 1º de setembro.

Uma nova rodada de negociação entre o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) e o Sinfavea está marcada para o dia 25. Se até essa data não houver uma proposta, os metalúrgicos definirão, em assembléia no dia 26, um possível rompimento das negociações com o sindicato patronal. A partir daí, o reajuste passaria a ser negociado diretamente com as empresas. “Não podemos admitir que tratem os trabalhadores do Paraná, que têm menor custo e dão maior produção, de forma tão discriminatória. Se as montadoras não repassarem ao salário dos trabalhadores uma parte dos lucros que tiveram em 2007 e 2008, poderemos ter paralisações nas montadoras do Paraná, como já aconteceu nos anos anteriores” afirma o presidente do SMC e da Força Sindical do Paraná, Sérgio Butka.

Ano passado, os metalúrgicos da Volks-Audi e Renault fizeram greve de quatro dias. Como resultado, conquistaram 7,44% de aumento (4,82% do INPC + 2,5% de aumento real), além de um abono salarial de R$ 1,5 mil. Na Volvo, não houve paralisação. Em 2006, após uma semana de paralisação total, a categoria garantiu 5% de aumento salarial (2,89% do INPC + 2,11% de aumento real), e abono de R$ 700,00. “Foram mobilizações históricas, que serviram de exemplo para os trabalhadores de todo o país”, relembra Butka.

Produção recorde

As montadoras de veículos atravessam a melhor fase de sua história, tanto na questão da produção quanto nas vendas. Levantamento recente feito pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), aponta que o Brasil já é o 6º maior produtor de automóveis do mundo. Devido à produção recorde registrada nos sete primeiros meses de 2008, ultrapassamos a França no ranking, país que estava na nossa frente até o final do ano passado. De janeiro a julho, o Brasil fabricou 1,89 milhão de automóveis, 120 mil a mais que a produção francesa no mesmo período. Em julho, os números bateram novo recorde. Foram 320 mil veículos produzidos e 288 mil licenciados. Segundo o presidente da Anfavea, o crescimento se deve à “boa fase da economia nacional, que tem impulsionado as vendas de automóveis e, com isso, a produção.” Segundo a entidade, a previsão é de que no fechamento dos números, no final do ano, haja uma alta de 24,2% nas vendas e 15% na produção. Confira os números:

30,5%
Crescimento das vendas de veículos entre janeiro e julho de 2008, se comparado ao mesmo período do ano passado

1,695 milhões
Total de veículos vendidos de janeiro a julho de 2008

400 mil
Veículos a mais foram produzidos de janeiro a julho de 2008, se comparado ao mesmo período do ano passado

288 mil
Número de veículos vendidos só em julho desse ano

19,8%
Foi quanto cresceu a produção em julho de 2008, se comparado a julho de 2007

2,01 milhão
Total de veículos produzidos no Brasil de janeiro a julho de 2008

Fonte: Anfavea

Pólo automotivo

O Paraná é considerado atualmente o segundo maior pólo automotivo do Brasil, perdendo apenas para o ABC Paulista. A unidade de São José dos Pinhais da Volkswagen-Audi, por exemplo, tem hoje cerca de 3,4 mil trabalhadores, divididos em três turnos de produção (1,2 mil no primeiro; 1,2 mil no segundo e 1 mil no terceiro). Na fábrica são produzidos os modelos Fox, Fox 4 portas, Cross Fox e Golf geração 5. A média de produção diária é de 850 veículos. Já a Renault emprega hoje aproximadamente 3,1 mil funcionários em seus três turnos (1,5 mil no primeiro; 1,5 mil no segundo e outros 100 no terceiro). A montadora francesa instalada em São José dos Pinhais produz diariamente uma média de 800 automóveis, dos modelos Sandero, Scenic, Logan e Megane. A Volvo, cuja fábrica fica na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), tem hoje cerca de 2,7 mil trabalhadores. São três turnos de produção, com 2,3 mil funcionários no primeiro, 250 no segundo e 120 no terceiro. A empresa fabrica, em média, 68 caminhões e 9 ônibus por dia. No local, também são produzidos motores e cabines.

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