Com mais de dois meses de salários atrasados, férias vencidas não pagas, entre outros problemas, os cerca de 30 trabalhadores da JR Fundição se revoltaram e entraram em greve na última segunda-feira, dia 1º. Parados há três dias, os metalúrgicos exigem uma solução da empresa no sentido de resolver as pendências. O Sindicato já solicitou à Superintendência Regional do Trabalho (antiga DRT) uma fiscalização urgente na fábrica. Também foi protocolada uma denúncia contra a JR na Procuradoria do Trabalho.

Essa não foi a primeira vez que os trabalhadores da JR pararam em protesto. A empresa já é uma velha conhecida do SMC e do Ministério do Trabalho, fruto de sucessivas faltas de pagamento, não-recolhimento de encargos sociais, atraso no pagamento dos vales, férias, vale-mercado. Além disso, os repasses ao INSS não são efetuados, assim como os repasses devidos ao Sindicato, que são descontados dos trabalhadores. Situação esta que se caracteriza como crime de apropriação indébita. Nem os compromissos firmados em mesa redonda na SRT são honrados. Existem também sérios problemas na área de segurança e higiene do trabalho. A empresa chega ao cúmulo de ter em funcionamento um jato de areia, equipamento este proibido no estado do Paraná há muitos anos.