Portal do SMC - Acesse aqui

Notícias

Imagem

Força Sindical do Paraná apresenta projeto de combate à violência contra a mulher amanhã (27) em Curitiba

Audiência será realizada às 10h, no Plenário da Câmara Municipal, e faz parte do projeto “Março Laranja”, que reivindica a instalação de mecanismos de proteção à mulher em todos os municípios do Paraná

Luta contra a violência doméstica!  Nesta quinta-feira, 27 de março, às 10h, a Força Sindical do Paraná promove audiência pública no plenário da Câmara Municipal de Curitiba para debater a situação da mulher vítima de violência no Paraná. Na ocasião, a Central Sindical estará apresentando o Projeto “Março Laranja”, que reivindica a instalação/criação em todos os municípios do Paraná de mecanismos de proteção à mulher. São eles:  Secretaria Municipal de Políticas para a Mulher, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Delegacia Especializada em violência contra a Mulher (órgão estadual) e Defensoria Pública da Mulher (órgão estadual). Desses quatro órgãos, especificamente, Curitiba não tem ainda a Defensoria Pública da Mulher.  
    
“Entendemos que esses mecanismos são de vital importância  para dar mais agilidade ao combate à violência doméstica. O que se percebe é que não contamos ainda com uma estrutura adequada nos municípios do Paraná para acolher a mulher  vítima de violência. Essa falta de apoio, acaba fazendo com que,  infelizmente, muitas mulheres se inibiam em procurar ajuda, preferindo sofrer sozinhas”, destaca o presidente da Força Sindical do Paraná, Nelson Silva de Souza, o Nelsão.

A audiência é aberta ao público e contará com a participação de autoridades políticas, lideranças sindicais e de movimentos sociais, além de representantes do Ministério Público e do Poder Judiciário.

Números alarmantes
De 2009 a 2011, um total de 1.039 mulheres foram mortas no Paraná por feminicídio (morte em razão de gênero), média de 354 por ano. A cada quatro minutos, uma mulher é vítima de agressão no país. Os dados são do estudo “Violência contra a Mulher: Feminicídios  no Brasil” do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo mostra ainda que o Paraná é o quarto estado brasileiro com maior número de feminicídios: 7,24 a cada 100 mil. O primeiro é o Espírito Santo, com 11,24 mortes a cada 100 mil.      

Curitiba no mapa da violência contra a mulher
Curitiba é a sétima cidade paranaense com maior número de feminicídios. Os dados são da pesquisa “Mapa da Violência 2012 - A cor dos homicídios no Brasil”, do Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebella). No estado, os municípios com mais mortes de mulheres são, pela ordem: 1º) Piraquara, 2º) Araucária, 3º) Fazenda Rio Grande, 4º) Telêmaco Borba, 5º) União da Vitória, 6º) Foz do Iguaçu, 7º) Curitiba, 8º) Pinhais, 9º) São José dos Pinhais, 10º) Colombo.

Organismos públicos são insuficientes

Segundo o relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), da Câmara Federal, que investigou, entre 2012 e 2013, a violência contra a mulher no Brasil,  o país conta com apenas 408 Delegacias da Mulher e 103 núcleos especializados em delegacias comuns. A maioria está concentrada nas capitais e regiões metropolitanas, o que prejudica o combate à violência, conclui o relatório, que mostra o Paraná na terceira colocação em números de mortes de mulheres com uma taxa média de 6,3 mortes para cada 100 mil habitantes.

A CPMI constatou que o  Paraná possui Delegacias da mulher em apenas 17 municípios (Apucarana, Araucária, Campo Mourão, Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Londrina, Maringá, Pato Branco, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Bandeirantes, Campo Largo, Toledo, Almirante Tamandaré e Paranaguá).

Projeto percorre o estado   
 
A Força Paraná passou todo  o mês de março percorrendo o Estado promovendo as audiências públicas sobre o tema e o projeto. Até agora, já foram realizadas audiências em Campo Largo, São José dos Pinhas, Colombo, Matinhos, Araucária, Pontal do Paraná, Fazenda Rio Grande, Maringá e Ponta Grossa. 

“Existem cidades que não possuem nenhum dos órgãos relacionados no Março Laranja. O que mostra que  a violência contra a mulher ainda é uma realidade que está longe de acabar no estado. É preciso que não só o governo, mas também a sociedade se una em torno disso. Por isso a criação dessa força tarefa para percorrer o estado.” afirma o vice -presidente estadual da Central, Sérgio Butka.

Laranja: a cor de combate a violência contra mulher

Em 2012, o laranja foi escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a cor de combate e erradicação da violência contra mulher

Serviço
Audiência Pública “Solidariedade Mulher – Pelo fim da violência”
Data: 27/03/2014 – quinta-feira
Hora: 10h
Local: Câmara Municipal de Curitiba
Endereço: Av. Visconde de Guarapuava, s/n, esquina com Lourenço Pinto,
Centro (auditório do anexo 2 - 4º andar)
 

Comente esta notícia

código captcha
Desenvolvido por Agência Confraria

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) utiliza alguns cookies de terceiros e está em conformidade com a LGPD (Lei nº 13.709/2018).

CLIQUE AQUI e saiba mais sobre o tratamento de dados feito pelo SMC. Nessa página, você tem acesso às atualizações sobre proteção de dados no âmbito do SMC bem como às íntegras de nossa Política de Privacidade e de nossa Política de Cookies.