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Força Sindical cobra comprometimento patronal por campanha pelo trabalho decente

Possibilidade de movimentação tripartite está sendo debatida com auxílio do governo do Paraná e prevê conscientização para prevenção aos riscos de acidentes de trabalho

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Uma campanha de conscientização pela saúde e segurança no ambiente de trabalho,  feita de maneira tripartite, entre representantes dos trabalhadores, das federações ligadas às empresas e do governo do Estado. A iniciativa inédita idealizada no Paraná pode se tornar uma realidade, em mobilização que, ainda assim, necessita de comprometimento patronal para dar certo. Esse é o posicionamento da Força Sindical, que vem comparecendo às reuniões entre as partes para tentar colocar em prática o debate de formação.

A última reunião ocorreu na tarde de terça-feira (19/8). Esse encontro do grupo tripartite foi realizado na Secretaria de Estado do Trabalho, no centro de Curitiba. Houve presença de representantes do governo estadual, centrais sindicais e das federações e organizações patronais do Paraná.

Foi abordada a meta paranaense de criar uma campanha do trabalho decente com base em uma cartilha, ainda em debate. O mesmo serviria para uma agenda de compromissos, que já é idealizada pela Força Sindical do Paraná. No projeto da mesma, com objetivo de prevenir sobre os riscos de acidente de trabalho, uma abordagem com ênfase na conscientização de empresários e trabalhadores por um ambiente laboral saudável para todos.
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Essa publicação de material, com possibilidade de campanha, é uma meta antiga da classe trabalhadora, que por meio dos sindicatos reivindica a necessidade de engajamento das empresas para melhorar a conscientização. Fator ressaltado pelo Secretário Estadual de Saúde e Segurança do Trabalhador da Força Sindical do Paraná, Osvaldo da Silva Silveira. “É uma campanha inédita. Porém, é preciso que os empresários assumam o compromisso de adotarem medidas claras para fazer a prevenção e a proteção da saúde do trabalhador. Ou seja, o trabalhador ter no seu local de trabalho um ambiente livre de doenças e acidentes de trabalho”, enfatiza

Representantes sindicais também se disponibilizaram a utilizar esse material para capacitar os trabalhadores. Inclusive com estrutura própria para conscientização. Aguarda-se, ainda assim, que seja estipulado um parecer oficial sobre a redação e conclusão da cartilha. Espera-se também um posicionamento das empresas.

Na última reunião tripartite, um dos principais pontos discutidos abordou malefícios da rotatividade de vagas entre os trabalhadores. A necessidade de ajustamento desse desafio atual, ao menos na mesa de discussão, foi unânime entre representantes dos trabalhadores e do setor patronal.

Para o Secretário Estadual de Saúde e Segurança do Trabalhador da Força PR, é nesse fator que entra a necessidade de um comprometimento do setor patronal. Inclusive com a valorização do trabalho com carteira assinada, retirando pessoas da informalidade. Afinal, na reunião, representantes dos empregadores não deixaram claro se a publicação da cartilha pelo trabalho decente é uma prioridade. Ficou previamente combinada, ainda assim, uma conversa entre a representante das federações ligadas às empresas e o secretário de trabalho do Estado.

No lado dos trabalhadores, ficou pontuado inclusive que o próprio empregador pode ser beneficiado se edificada a iniciativa tripartite.  Inclusive com base em dados mostrados pela equipe de trabalho do governo para a reunião, com exemplos regionais, nacionais e estrangeiros de propaganda em defesa do trabalho decente. Também foram apresentados  slides, abordando que no último ano foram 430 mortes em acidentes de trabalho no Paraná. Complementa-se também o interesse sindical em evoluir no assunto a partir de estatísticas divulgadas em 2013 pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), ressaltando que 2,02 milhões de pessoas morrem a cada ano devido a enfermidades relacionadas com o trabalho, 321.000 pessoas morrem a cada ano como consequência de acidentes no trabalho, 160 milhões de pessoas sofrem de doenças não letais relacionadas com o trabalho e  317 milhões de acidentes laborais não mortais ocorrem a cada ano.

Osvaldo explica que aos empresários é necessário maturidade para qualificar suas empresas e seus trabalhadores, a partir de melhor ambiente de trabalho, melhores salários, planejamento de carreira para os funcionários e proteção familiar. “O discurso de diminuir salário aumenta a rotatividade”, pontua, aguardando novos desdobramentos do assunto e uma posição oficial do governo do Paraná. 

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