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Trabalhadores precisam conquistar mais espaço na política, afirma Paulinho

As eleições 2008 e a participação cada vez mais efetiva de representantes dos trabalhadores na esfera política deram o tom da plenária da Força Sindical do Paraná, realizada na manhã de hoje, dia 1ª, no auditório do Sindicato dos Comerciários, em Curitiba. O evento contou com a participação de lideranças sindicais de diversas categorias profissionais, filiadas à central. Também esteve presente o presidente nacional da Força Sindical e deputado federal, Paulo Pereira Silva, o Paulinho. Em seu discurso, Paulinho falou das lutas que vem enfrentando na Câmara Federal, enaltecendo conquistas como a derrubada das Emendas 3 e 21, duas medidas que ameaçavam seriamente os direitos dos trabalhadores e o poder de organização dos sindicatos, mas que foram derrotadas após grande pressão do movimento sindical.

Além disso, o deputado criticou a grande mídia por não dar o devido reconhecimento às conquistas do movimento sindical. “Quando negociamos a política de reajuste do salário mínimo de acordo com o crescimento do PIB e a correção da tabela do Imposto de Renda, por exemplo, fomos ignorados. Estes fatos impulsionaram o crescimento do país e a grande mídia não deu uma linha sequer falando que isto foi uma conquista do movimento sindical. Quer dizer, falaram o milagre, mas não falaram o nome do santo”, criticou. Outra conquista do movimento sindical que também não teve muito destaque foi a legalização das centrais. “Quando falaram, usaram um tom crítico. Não disseram que com o reconhecimento, as centrais ficam ainda mais fortes para defender os direitos dos trabalhadores. Hoje em dia, 97% dos acordos salariais no país garantem aumento real. Isso quase ninguém fala”, disse Paulinho.

Mais representação

Para seguir com estes avanços, o presidente da Força defendeu uma participação ainda mais efetiva dos representantes dos trabalhadores na política. “Muitas coisas a gente ainda não consegue resolver na porta de fábrica, nas negociações com os patrões. Mas sim, nas articulações com os governos, em Brasília. Por isso, é muito importante que nas próximas eleições, elejamos candidatos ligados ao trabalhador, do movimento sindical”, afirma. Paulinho aproveitou também para projetar 2010, quando serão realizadas as eleições para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual. “Em 2010, temos que eleger no mínimo um deputado estadual e um federal em casa estado. Hoje em dia, sofremos uma pressão muito grande para retirar direitos dos trabalhadores. Temos que estar atentos e contra-atacar a estas manobras. Com representantes do movimento sindical na Câmara Federal e nas Assembléias estaduais, vamos equilibrar esse jogo, garantir uma boa representatividade nas votações que interessem a classe trabalhadora”, argumenta.

Próximas lutas

Para os próximos anos, o deputado defendeu a luta por bandeiras como a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, a aprovação da Convenção 151 da OIT que garante as negociações de data-base do serviço público, e também a luta contra o famigerado fator previdenciário, medida que confisca grande parte do benefício dos trabalhadores quando estes vão se aposentar. Encerrando a Plenária, os participantes fizeram uma série de perguntas a Paulinho sobre os projetos em Brasília e os direitos dos trabalhadores. A convocatória para o Congresso Nacional da Força Sindical, a ser realizado em 2009, também foi discutida na reunião. Na ocasião, sindicalistas de todo o país irão se reunir para definir as próximas estratégias de luta do movimento sindical.     

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