Metalúrgicos da Brasilsat voltam a protestar contra más condições de trabalho
Cansados e revoltados com as péssimas condições de trabalho da empresa, os cerca de 300 trabalhadores da Brasilsat voltaram a paralisar as atividades por cinco horas na manhã de hoje, dia 8. Essa foi a terceira paralisação de protesto ocorrida na fábrica nos últimos 10 dias. A principal reclamação da categoria é com relação ao ambiente de trabalho, classificado como inseguro e altamente insalubre.
Contrariando o que diz a Lei, a Brasilsat não fornece os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), de uso obrigatório, aos funcionários. O maquinário da empresa está em situação precária. A questão da higiene também é deixada de lado. Para constatar essa triste realidade, basta ir até o banheiro e o refeitório da empresa. Outro problema é o assédio moral que as chefias cometem sobre os trabalhadores.
Todas essas situações expõem seriamente os metalúrgicos a acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Durante o protesto de hoje, o Sindicato se reuniu com a empresa e deu um prazo até a próxima sexta-feira, dia 10, para que a direção da fábrica apresente uma proposta concreta para resolver os problemas. Se isso não ocorrer, as paralisações poderão se prolongar. “O trabalhador está mobilizado e revoltado. Não agüenta mais tanto descaso da empresa. A situação chegou no seu limite”, afirma o diretor do SMC, Osvaldo Silveira.
Outras reivindicações
Em relação às outras reivindicações dos trabalhadores (vale-mercado, grade salarial e convênio médico), uma reunião de negociação entre Sindicato e Brasilsat está marcada para quarta da semana que vem, dia 15. No dia seguinte, 16, tem assembléia em porta de fábrica para avaliar a possível proposta da empresa. A Brasilsat fica na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) e fabrica antenas parabólicas.
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