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Metalúrgicos da Bosch rejeitam proposta da empresa e param por 72 horas

A Campanha Salarial dos metalúrgicos da Grande Curitiba entrou hoje, dia 7, em sua fase decisiva. Uma empresa já está parada e outras poderão seguir o mesmo caminho a partir da próxima semana. Em assembléia nesta manhã, os cerca de 5 mil trabalhadores da Bosch, maior indústria do setor no Paraná, decidiram paralisar as atividades por 72 horas. A atitude é um protesto pela proposta apresentada ontem pela empresa: 11% de reajuste salarial (correção de 100% da inflação nos últimos doze meses + aumento real) só para abril do ano que vem, e um abono de R$ 1,5 mil para 09/01/2009. A data-base da categoria é em 1º de dezembro.

Com isso, os funcionários ficam de braços cruzados, no mínimo, até a próxima segunda-feira, dia 10, quando o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), fará uma nova assembléia na porta da fábrica, que fica na CIC, às 5h30. A categoria reivindica aumento real, a reposição integral da inflação e abono salarial já em dezembro, seguindo o que foi conquistado pelos trabalhadores das montadoras e indústrias de autopeças nas campanhas salariais de setembro e outubro.  

Na última quarta-feira, os trabalhadores já haviam reprovado as duas primeiras propostas da Bosch: uma de 11% de aumento para dezembro, sem abono, e outra de incorporação de 100% da inflação (previsão de 7,15%, segundo o Dieese)  também para dezembro, R$ 700,00 de abono para 19/12/08, só que com o aumento real de 3,6% (para fechar os 11%), somente para dezembro do ano que vem. Na ocasião, os metalúrgicos reprovaram as duas propostas e deram prazo até esta sexta para que elas fossem melhoradas. Como isso de fato não ocorreu, veio a paralisação. “Essa proposta é um desmérito para aqueles que produziram tanto em 2008, que deram lucro para a empresa. Foram nove meses de alta produção e hora extra. Os valores não estão à altura daquilo que os trabalhadores merecem”, critica o presidente do SMC, Sérgio Butka.

O presidente do SMC, Sérgio Butka, foi entrevistado logo após a assembléia. Clique aqui e confira.

Paralisações podem continuar

Na esteira da Bosch, outras indústrias dos setores metalúrgico e de máquinas também poderão paralisar as atividades a partir da semana que vem. Uma delas é a Haas do Brasil, que tem aproximadamente 200 trabalhadores e fica na CIC. Em assembléia ontem, os funcionários reprovaram a proposta da empresa de abono de R$ 1.050,00 a ser pago em duas parcelas. Eles deram prazo até segunda, dia 10, para que a proposta avance. Caso contrário, poderá haver paralisação. Na Haas, os trabalhadores reivindicam 11% de aumento e abono de R$ 2 mil.     

Luta por empresa

Além da Convenção Coletiva de Trabalho com os sindicatos patronais (Sindimetal e Sindimaq), o objetivo do SMC é fechar Acordos Coletivos de Trabalho, em negociações individuais com as empresas. Só no ano passado, a entidade assinou 120 acordos, com avanços de valores e benefícios maiores que os da Convenção. Em 2008, a meta é igualar ou até mesmo superar este índice. Além da Bosch e Haas do Brasil, o SMC já está em negociação com a AAM do Brasil (Araucária); Leogap e Perkins (CIC); Brandl, Ribasa, Suzuki e Vetore (Pinhais); Dana, GL Lorenzetti e Maflow (Campo Largo). Outras reuniões estão para ser agendas para os próximos dias. A pauta de reivindicações já foi encaminhada à mais de 50 empresas.

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