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Metalúrgicos da Volvo, em Curitiba, conquistam manutenção de R$ 30 mil de PLR e greve de 24 dias chega ao fim

Mobilização foi a mais longa da história da montadora sueca. Além da PLR, acordo de manutenção dos empregos também foi conquistado

Terminou agora de manhã a maior greve já registrada na história da Volvo em todo o mundo. Foram 24 dias corridos de paralisação. Desde o dia 8 de maio, os cerca de 2500 metalúrgicos da unidade brasileira na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) estavam mobilizados pelo acordo salarial e pela manutenção dos empregos.
 
O impasse chegou ao fim após os trabalhadores aprovarem em assembleia liderada pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) a nova proposta em relação ao valor da primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

Antes da assembleia, a direção da Volvo apresentou na mesa de negociação ao SMC uma proposta que aumenta a 1ª parcela de R$ 5 mil para R$ 8 mil. Este era um dos principais entraves na negociação. Não houve mudança em relação aos outros itens do acordo (veja abaixo).

“Foi uma luta importante, além de conquistarmos a manutenção dos empregos conseguimos também manter os mesmos critérios na PLR, que pode chegar ao total de R$ 30 mil, conforme o volume de produção. Tudo isto graças a mobilização de 24 dias dos trabalhadores do chão de fábrica”, analisou o presidente do SMC, Sérgio Butka, após o término da assembleia. 

A fábrica da Volvo emprega cerca de 4 mil trabalhadores no total e tem capacidade de produção diária de 80 caminhões pesados, 44 médios e 8 ônibus.

Confira como fica o acordo:

- Participação nos Lucros e Resultados (PLR): manutenção do referencial de R$ 30 mil levando em conta o mesmo volume de produção de 2014, mas sem os limitadores mínimos.  A primeira parcela será de R$ 8 mil.

- Lay-off (suspensão contrato de trabalho) com  duração de sete meses, sendo cinco em regime normal (onde os trabalhadores recebem seguro-desemprego e a complementação salarial da empresa) e dois com a Volvo assumindo a integralidade do salário.  Durante o Lay-off, os trabalhadores realizam cursos de qualificação;

- Plano de Demissão Voluntária (PDV): Quem aderisse iria receber os salários mais os reflexos (direitos trabalhistas) previstos até 15 de dezembro de 2015, mais um pacote de um (1) à quatro (4) salários de acordo com o tempo de empresa, mais a Participação nos Lucros e Resultados 2015;

- Data-Base (em setembro): Reajuste salarial e demais benefícios pelo INPC (inflação do período)

- Os dias parados serão compensados através do banco de horas para compensação até 2017

Relembre como foi a greve
A greve começou no dia 08 de maio, após a Volvo divulgar internamente que iria demitir de forma imediata 600 trabalhadores do chão de fábrica.  Ainda pela proposta, a empresa transferia as demissões para dezembro de 2015, caso os trabalhadores aceitassem a redução de 50% no valor da Participação nos Lucros e Resultados (em 2014, a PLR foi de R$ 30 mil). A Proposta foi rejeitada pelos trabalhadores que decretaram greve. “De forma oportuna, a Volvo tenta se aproveitar do momento delicado pelo qual o país passa para tentar flexibilizar direitos que levaram anos para ser conquistados”, disse o presidente do Sindicato, Sérgio Butka, na ocasião.

No 11° dia de greve, os trabalhadores conquistaram acordo de manutenção de empregos e do valor de R$ 30 mil para a PLR. Porém, a greve continuou devido ao impasse no valor do pagamento da 1 º parcela da PLR: a empresa ofereceu R$ 5 mil e os trabalhadores reivindicavam um valor maior.

Há partir daí a Volvo tentou de tudo para desmobilizar os trabalhadores metalúrgicos. Usou os trabalhadores administrativos para tentar interferir   nas votações do chão de fábrica, cortou o vale da metade do mês, entrou com ações judiciais, mas sem sucesso. Os trabalhadores se mantiveram firmes até que a empresa cedeu e melhorou a proposta que foi aprovada hoje.

Clique aqui veja a entrevista com o presidente do SMC, Sérgio Butka.

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