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Centrais e empresários se unem pela retomada econômica

Durante evento de lançamento de documento com propostas para sair da crise, representantes dos dois setores  repercutiram a crise política

A Força Sindical e as demais Centrais firmaram com empresários, hoje, em São Paulo, um compromisso pela retomada do desenvolvimento econômico do Brasil. Durante o evento foi aprovado um documento que será entregue ao governo e ao Congresso Nacional uma agenda positiva que estimule o crescimento econômico, como o retorno rápido de investimentos público e privado em infraestrutura nos setores de energia e ações para destravar o setor da construção. O evento reuniu ainda diversas entidades  como a Ordem  dos Advogados do  Brasil e o Dieese.

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Otimismo pela retomada

“Classifico este encontro como histórico”, declarou Miguel Torres, presidente da Força Sindical, ao falar durante o encontro. Segundo ele, quem está pagando a conta são os empresários e os trabalhadores. Estes últimos em situação pior porque estão perdendo seus empregos e, consequentemente, os salários, sem perspectivas de recolocação. O presidente da Força Sindical criticou os juros altos que inibem os investimentos e não tem eficácia para combater a inflação. “O Brasil é maior que a crise e precisamos demonstrar unidade e atuarmos para que a situação econômica melhore em 2016. Queremos sinalizar que temos esperança sim, e a esperança é o desenvolvimento”, disse.

O recrudescimento da crise política, com os acontecimentos da noite anterior, acentuou a defesa da unidade dos diferentes setores produtivos para impedir que 2016 repita a queda do PIB que marcará 2015.

 “Gente, em 10 dias, nós, com interesses diferentes, sentados a uma mesa de debate, construímos um documento. Temos de construir, pensando no Brasil”, argumentou o presidente da associação das montadoras, Luiz Moan. Ele afirmou que todos os investimentos das empresas afiliadas previstos para 2016 serão mantidos. “Nossos investidores sabem que a crise vai passar, que este é um momento de transição”, completou.

“Nós não podemos dar como perdido 2016”, afirmou o superintendente da ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil), Fernando Pimentel. “Temos de resgatar nossa confiança. Este momento é um tiro de largada, não uma fita de chegada”.

Criticas à crise política promovida por interesses particulares
Tanto  os representantes dos trabalhadores como dos  empresários  atacaram o prolongamento da crise política, que estaria alimentando continuamente a crise econômica. Aos microfones, os convidados para a mesa de lançamento não fizeram menção aos nomes de Dilma nem ao de Eduardo Cunha.

Mesmo assim, a crítica à condução da crise, um dia após a abertura do processo de impeachment pelo presidente da Câmara, foi clara. Em entrevista à imprensa, o presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), Carlos Pastoriza, disse que disputas movidas por “interesses particulares” estão sacrificando o emprego e o salário e, por extensão, os setores produtivos.

Questionado por jornalistas, o presidente da OAB-SP, Marcos da Costa, atacou diretamente Cunha: “Se ele estivesse mesmo respondendo ao clamor das ruas, já teria renunciado”. Quanto ao impeachment, disse que aguardará a avaliação do conselho federal da entidade antes de se pronunciar.

Já para o presidente da CUT, Vagner Freitas, o Brasil está “paralisado pela intolerância”. “Há uma crise política criada por aqueles que não aceitam o resultado das urnas”, disse.

O presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Luiz Moan, por sua vez, atacou: “A questão política está corroendo a economia brasileira. E a questão política é movida por interesses corporativos, às vezes interesses individuais”.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, afirmou ainda que nos últimos 12 anos o Brasil viveu um período de crescimento, o que comprova a viabilidade do País, e lembrou “que os empresários ganharam muito, alguns mais até do que esperavam”, como a cobrar o fim do ciclo de reclamações que, segundo ele, encontram campo fértil na mídia tradicional: “Não precisamos acreditar na tese de terra arrasada, onde é preciso começar tudo de novo”.

Para Pedro Celestino, presidente do Clube de Engenharia, “um país que tem amplas condições de construir um projeto próprio não pode ser refém de interesses mesquinhos, particulares”.

Para o presidente da CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Adílson Araújo, o encontro desta quinta é “uma atitude de maturidade política”. Para Ricardo Patah, há uma tentativa coordenada de espalhar “medo” nos brasileiros. “Mas os agentes dessa desesperança não terão força”, concluiu.  Para Antonio Neto, da CSB (Central de Sindicatos Brasileiros), outra medida necessária é a auditoria da dívida interna, com o objetivo de suspender seu pagamento e direcionar recursos para políticas de desenvolvimento.

Com informações dos sites Força Sindical, CUT e   Estadão

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