Dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí participam de reunião com diretoria da montadora, buscando solução para o impasse do pagamento do PPR

Os trabalhadores do complexo automotivo da GM em Gravataí estão insatisfeitos com o posicionamento da montadora que não quer efetuar o pagamento da segunda parcela do PPR. Dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí (SINMGRA) estão reunidos com a diretoria da companhia na quarta-feira (27/01), buscando uma solução para o impasse. Caso isso não ocorra, a categoria poderá recorrer à greve, com a paralisação iniciando nesta sexta-feira (29/01).

De acordo com o diretor do SINMGRA, Valcir Ascari, as negociações entre as partes estão complicadas, uma vez que a montadora se mostra irredutível na questão do não pagamento do PPR, alegando que a meta de produção não foi atingida em 2015.

- Nós queremos que os trabalhadores recebam o que é seu direito. Trabalharam muito no ano passado, fizeram do Onix o carro mais vendido no Brasil e não podem ser penalizados pela redução da produção, que não foi causada por eles e sim por esta crise econômica gravíssima que estamos vivendo. Não podemos ser desrespeitados mais uma vez - diz Valcir.

No início da manhã de quarta-feira (27/01), os trabalhadores fizeram uma paralisação de duas horas na empresa TI Automotive, sistemista da GM em Gravataí, e poderão realizar ações semelhantes em outras empresas, caso não ocorra avanço nas negociações.

- Estamos lutando para preservar o emprego e queremos que a empresa nos ofereça soluções mais concretas em relação a isso, e não apenas tomar iniciativas que prejudiquem a categoria. Desejamos ser tratados com dignidade e ter uma proposta que atenda os anseios dos trabalhadores. Não pode a cada crise querer descontar em cima do trabalhador, que é muito sofrido - salienta Ascari.

Segundo ele, os trabalhadores da GM estão muito preocupados com a situação que enfrentam atualmente, com lay off e a concessão de férias coletivas no período de 11 a 28 de fevereiro.

Fonte: Força Sindical