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Balcão de negócios não venceu: Acordo do MPT com Multilit garante empregos e anula prorrogação do amianto em São José dos Pinhais

Não teve balcão de negócios ou arrego que deu jeito. Após duas semanas de polêmicas, onde a empresa Multilit tentou forçar a barra querendo a prorrogação da lei que proibia o amianto, a empresa teve que dar o braço a torcer e se comprometer perante a justiça e ao Ministério Público do Trabalho a eliminar a substância cancerígena e ainda garantir os empregos dos trabalhadores. O acordo com o MPT praticamente anula a decisão dos vereadores do município que  aprovaram a prorrogação do fim da manipulação do mineral cancerígeno na cidade para 2019.

Pelo acordo com a justiça, a Multilit se comprometeu com a substituição do produto por fibras não cancerígenas e garantir a permanência de 70% dos postos de trabalho durante o período em que o material será eliminado gradativamente da indústria.

Sessões polêmicas na Câmara
Nas últimas duas semanas, a Multilit tentou força a barra dizendo que precisava da prorrogação da lei por mais seis anos, sob a desculpa de que senão houvesse a alteração da lei,  ia demitir seus trabalhadores. O problema é que, além de expor ao risco a saúde do trabalhador por mais tempo, a empresa não se comprometia a assegurar os empregos enquanto durasse a prorrogação. Ou seja, os trabalhadores de São José dos Pinhais poderiam ficar com um prejuízo duplo: o risco de perder a saúde e a vida e ainda perde ficar sem emprego.

E sem mais, nem menos, os vereadores de São José dos Pinhais foram favoráveis a isso, sem contestar o porque a empresa não se adaptou no prazo estabelecido e sem cobrar a manutenção dos empregos da empresa. Foi um beija mão irresponsável ao dono da empresa.

A excessão foi o vereador Professor Abelino, que se disse favorável a prorrogação desde que houvesse compromisso firmado, no papel com os empregos. Para evitar que a votação acontecesse antes do acordo com a justiça, o vereador apresentou uma série de emendas. “Com o acordo do MPT, agora sim os trabalhadores terão os empregos garantidos", afirmou.

Encontro estranho
O professor também denunciou o atropelo e pressa do presidente da Câmara, Sylvio Monteiro (PTB), em querer votar uma proposta envolvendo assunto tão delicado – a saúde dos trabalhadores – sem antes um debate mais amplo e inclusive contra a recomendação do Ministério Público.  Durante uma das sessões, Abelino relatou um “encontro estranho” que Sylvio organizou entre os vereadores e o representante da Multilit. Abelino disse que os vereadores foram convocados por Sylvio Monteiro, para uma reunião sobre a devolução de um orçamento à prefeitura Quando abelino chegou na sala, foi surpreendido com presença do representante da Multilit. Antes de começar a reunião, Sylvio apresentou o empresário e disse que ele tinha um pedido para fazer. Segundo  Abelino, o empresário chorou e pediu para aprovarem a emenda.

Outro fato estranho nesta história toda foi a postura vergonhosa do vereador Ailton Fêneme (PTB), criador do projeto de banimento do amianto, mas que agora se punha contra o projeto votando pela prorrogação do mineral cancerígeno.

Enfim, não teve arrego. O acordo como MPT foi realizado e agora sim, os empregos dos trabalhadores e o banimento ficam garantidos.

A Força Paraná participou ativamente das sessões para exigir e cobrar dos vereadores uma postura mais a altura dos cargos que possuem: a de zelar pela saúde e segurança da população  e do interesse coletivo e não do privado.

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