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Força e outras centrais protestam contra juros altos em frente ao Banco Central

Munidos de faixas, bandeiras, apitos e caminhão de som, milhares de trabalhadores de Curitiba e Região Metropolitana fizeram hoje, dia 21, diversas manifestações de protesto reivindicando a queda da taxa básica de juros e a manutenção dos empregos. As mobilizações ocorreram de manhã e à tarde. A ação fez parte da campanha nacional em defesa da manutenção dos empregos. O objetivo foi pressionar o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) para que reduza a atual taxa de juros no Brasil, hoje fixada em 13,75%, sendo considerada uma das mais altas do mundo. O movimento, organizado pela Força Sindical do Paraná, juntamente com outras centrais do estado, reuniu trabalhadores de diversas categorias profissionais.

Os protestos da manhã ocorreram na porta de grandes indústrias como Bosch, New Holland, Renault, Volvo e WHB, empresas do setor metalúrgico que juntas empregam cerca de 16 mil funcionários. Nestas fábricas, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) realizou assembléias de protesto, com a produção das empresas sendo paralisadas de uma a duas horas. À tarde, os protestos se repetiram na Bosch e Volks.

Além disso, um grande ato foi organizado na região central da cidade. Cerca de 700 dirigentes e militantes das centrais sindicais se reuniram na Praça Santos Andrade e caminharam em passeata até a sede do Banco Central, na Avenida Cândido de Abreu, no Centro Cívico. Durante o protesto, os sindicalistas argumentaram que a queda nos juros traria mais segurança ao setor produtivo, ainda mais no delicado momento de crise que o país vive. Segundo eles, a alta taxa atual inibe o consumo, resultando em queda na produção industrial e desemprego. Para os organizadores do movimento, a redução dos juros é fundamental para aquecer a atividade econômica e garantir os empregos.

O pensamento dos representantes dos trabalhadores é corroborado pelo economista do Dieese, Sandro Silva. “Se os juros forem reduzidos, o impacto na economia será imediato, pois as compras a crédito serão estimuladas, criando um círculo virtuoso de aquecimento nas vendas do comércio e produção nas indústrias”, afirma. Silva afirma também que o próprio Governo Federal também será beneficiado com a redução. “Hoje em dia, os juros dos títulos públicos do governo são baseados na Selic. Então, se houver uma queda na taxa, sobrará mais dinheiro para o governo investir em obras que beneficiem a população”, diz. 

Movimento nacional pela redução dos juros

Além de Curitiba, as centrais sindicais se mobilizaram também em nível nacional pela baixa dos juros e manutenção dos empregos. Atos de protesto em frente ao Banco Central foram realizados também nesta quarta-feira, 20, em mais 11 cidades: São Paulo, Maceió, Manaus, Salvador, Brasília, Vitória, Goiânia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Aracaju. O Copom tem reunião marcada para hoje, quando decidirá sobre a nova taxa. As centrais esperam que haja, no mínimo, uma redução de dois pontos percentuais no índice.

O que é o Copom?

É o Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil. O órgão, instituído em 1996, tem a função de estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros praticada no país. Ele é composto pelos membros da diretoria colegiada do Banco Central. Também integram o grupo de discussões os chefes de departamentos, consultores, o secretário-executivo da diretoria, o coordenador do grupo de comunicação institucional e o assessor de imprensa do órgão. O calendário de reuniões do Copom é divulgado, regularmente, no site do Banco Central (www.bc.gov.br). Os encontros costumam ocorrer, em média, a cada 45 dias. São dois dias de reunião. No primeiro, , discute-se a conjuntura econômica e os indicadores de inflação; no segundo, a taxa de juros.

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