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Confira como foi o quinto dia de debates no Circo da Democracia, que acontece em Curitiba

O quinto dia de debates do Circo da Democracia começou debatendo os desafios das mulheres atualmente. Juliana Mitelbach, militante da Marcha Mundial de Mulheres, aponta que em épocas de crise a mulher trabalhadora é a mais afetada, já que o preconceito determina que os homens tenham sua força de trabalho mais valorizada. O que acaba fazendo com que as mulheres sejam as primeiras  a perderem seus empregos e terem seus salários reduzidos.

Outro ponto que Mitelbach ressaltou é a ameaça ao  direito à saúde das mulheres. Segundo ela, a declaração do atual ministro da Saúde, Ricardo Barros, de que não é possível garantir todos os direitos que a Constituição pontua e relativo aos gastos na área, coloca em maior risco a saúde feminina. "Quem são as maiores usuárias do SUS? As mulheres! Então elas serão as principais atingidas”, denunciou.

Jussara Cardoso, militante feminista, enfatizou que o fato das mulheres ainda serem minoria na política faz com que temas relativos às mulheres sejam decididos em sua maioria, por homens. “As mulheres ainda são impedidas de fazer política, o que acarreta com que nossas vidas, direitos e desejos sejam determinados pelos interesses de homens que estão à frente do poder”, disse.

Escola Sem Partido
Na parte da tarde, o Circo realizou mesas de debate voltados para o tema da educação. Andreia Gouveia,  presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED); Luis Dourado, professor da Universidade de Goiás (UFG); e Walkiria Olegario Mazeto, da APP-Sindicato, debateram o projeto de lei “Escola Sem Partido”, ou, no dizer dos debatedores, a ‘lei da Mordaça”, proposta que visa impedir os professores de opinarem na sala de aula.

A prof. Andreia Gouvea, analisou o Projeto Escola Sem Partido sob o viés da escola como espaço que precisa ser inclusivo e que deve acolher as necessidades da sociedade brasileira. Ela ressaltou que a tentativa de controlar formas de manifestação ou calar os professores sobre questões político-partidárias esconde outros objetivos que visam tirar a capacidade crítica dos alunos sobre as questões sociais. "A Escola Sem Partido é a escola fascista”, resumiu.

O ex-conselheiro da Câmara de Educação Superior e professor da UFG, Luis Dourado,  lembrou a Constituição Federal para dizer que as bases da educação no Brasil estão fundadas na "liberdade de aprender e ensinar" e que ela visa o pleno desenvolvimento da pessoa. Para ele é central lembrar tais princípios para zelar contra a onda conservadora manifestada no projeto Escola Sem Partido.

O professor ressaltou ainda que o projeto ESP não tem outro objetivo que restringir a atuação dos professores. "Tais projetos visam romper a autonomia destes profissionais", concluiu.

Como ação concreta para barrar todas as tentativas de cercear a reflexão sócio-política nas escolas do país e do Paraná, foi lançada a Frente Paranaense Contra a Lei da Mordaça!

Os debates  do Circo da Democracia continuam! Acesse a programação e participe: www.circodademocracia.com.br

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