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Clementino Vieira é eleito presidente da CNTM

As lutas e mobilizações lideradas pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) em defesa dos trabalhadores tiveram, nessa semana, mais uma prova de reconhecimento nacional. Um diretor da entidade foi eleito presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM). Por unanimidade, Clementino Tomaz Vieira, atual secretário-geral do SMC, foi escolhido por sindicalistas do país inteiro para dirigir a maior confederação de trabalhadores do Brasil.

"Isso é resultado do trabalho sério que a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba vem realizando nos últimos anos. Trata-se de um reconhecimento e da certeza de que a Confederação estará em boas mãos", declarou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva.

A CNTM congrega 157 sindicatos de 10 federações representando cerca de um milhão de metalúrgicos de 17 estados brasileiros. "É uma organização nacional que representa todos os trabalhadores desta categoria e que tem a responsabilidade de conduzir as principais bandeiras de luta no Brasil", reforça Paulinho.

Já há alguns anos o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba vêm se consolidando como referência no movimento sindical brasileiro, principalmente pela sua ampla capacidade de liderança e mobilização. Em 2003, por exemplo, quando a inflação chegou a 10% oito meses antes da data-base, o SMC realizou a Campanha Salarial Emergencial e, graças a ela, os metalúrgicos da Grande Curitiba foram a única categoria do Brasil a conquistar o reajuste salarial antes da data-base. No ano seguinte, o SMC liderou a primeira greve por Participação nos Lucros e Resultados (PLR) da história do País, na Volks-Audi. Depois de sete dias de paralisação, cerca de três mil trabalhadores da montadora conquistaram o beneficio no valor de R$ 2.950,00.

Outra mobilização de destaque nacional do Sindicato foi a vitoriosa luta pela criação do Salário Mínimo Regional, em 2006, medida que gerou empregos, aqueceu a economia e beneficiou mais de 400 mil trabalhadores. Também neste ano, em reação à tentativa da Volks de demitir em massa durante reestruturação, os metalúrgicos da planta paranaense da montadora, sob liderança do SMC, foram os primeiros do Brasil a paralisar em protesto. Depois disso, trabalhadores de outras plantas também cruzaram os braços. A mobilização forçou a empresa a recuar e manter milhares de postos de trabalho.

Além disso, nos últimos anos, por meio de acordos coletivos de trabalho, o Sindicato já conquistou a jornada de 40 horas para mais de 30 mil trabalhadores – essa é uma bandeira histórica do movimento sindical em todo o mundo. Outro exemplo de pioneirismo da diretoria do SMC ocorreu mais recentemente, no enfrentamento da crise, em dezembro de 2008, quando o Sindicato fechou um acordo inédito no País responsável pela manutenção aproximadamente mil empregos na Renault. Em pouco tempo, o chamado layoff (suspensão temporária de trabalho sem perda salarial) consolidou-se no país como estratégia para fazer frente à crise e vem sendo seguido por entidades sindicais de todo o Brasil para manter empregos em tempos de recessão econômica.

Em todas essas lutas, Clementino, ao lado da diretoria do SMC, sempre marcou presença como uma das principais lideranças. Ele ingressou no Sindicato como sócio em 1984, tornou-se suplente da diretoria em 1989, e foi licenciado em 1991 da empresa de autopeças Hubner, onde trabalhava, para dedicar-se exclusivamente ao movimento dos trabalhadores. Desde então, intensificou sua militância no movimento sindical, sempre como membro da diretoria do SMC. Em 2005, foi eleito diretor financeiro da CNTM, ampliou sua participação no movimento sindical nacional e conquistou a confiança e o carisma de lideranças sindicais metalúrgicas de todo o país. “O Clementino tem um bom poder de comunicação, sabe ouvir e também tem muita humildade”, ressalta o presidente da Federação dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, Francisco Dal Prá. “Ele traz uma nova proposta e uma nova mudança para a CNTM”, diz o presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado do Espírito Santo, Luiz Carlos Fernandes Rangel.

Logo após a eleição, Clementino falou sobre os desafios da CNTM para a equipe de reportagem da MetalTV. “Temos uma luta incansável pela frente que é organizar os trabalhadores para a questão do Contrato Coletivo de Trabalho. Nós entendemos que não dá mais para aceitar que uma empresa mude de um estado para outro com o objetivo de querer pagar duzentos ou trezentos reais a menos de piso salarial”. Ele também falou sobre a importância da redução da jornada sem redução de salários. “É uma grande vertente para nós aumentarmos os postos de trabalho por este Brasil afora”, reforçou. Outro aspecto comentado são as ações de combate à crise financeira mundial. “Temos que lutar também pela redução da taxa de juros. Quanto menor for a Selic fica mais barato o crédito, fazendo com que a indústria movimente a cadeia produtiva”, ressaltou.

Além destas, a nova diretoria da CNTM também definiu como prioridades para os próximos anos os seguintes tópicos: unificação nacional das datas-bases da categoria visando o contrato coletivo de trabalho; ratificação da convenção 158 da OIT (contra as demissões imotivadas); implantação de novos programas de qualificação e treinamento de dirigentes sindicais; intensificação de ações por mais segurança e saúde do trabalhador nos locais de trabalho e em defesa das políticas do trabalho decente; mobilização contra as demissões na base metalúrgica em função dos efeitos da crise financeira global, além do estabelecimento de contrapartidas sociais que garantam os empregos nas empresas que obtiverem recursos públicos para o enfrentamento e superação da crise.

Processo eleitoral

A nova diretoria foi eleita por aclamação em 18 de fevereiro, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, conhecido como Palácio do Trabalhador. Um dia antes, o Conselho de Representantes da CNTM aprovou a antecipação do processo eleitoral e da posse, para 10 de março. A eleição foi antecipada por conta do falecimento do então presidente da Confederação, Eleno José Bezerra, em setembro de 2008. Ele foi homenageado pelos membros da Confederação. “Eleno foi um companheiro que se dedicou muito ao setor metalúrgico e que levou a todo o Brasil a sua vontade de trabalhar”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Miguel Torres.

Também no dia 17 o Conselho de Representantes fez a leitura e votação do Balanço Financeiro de 2008 e da Previsão Orçamentária para 2010. Já no dia 18, pela manhã, os dirigentes sindicais assistiram a palestras do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) e do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos), e uma apresentação sobre medicina e segurança do trabalho feita pelo médico Zuher Handar. (Essas palestras estarão disponíveis em breve na MetalTV do site www.simec.com.br). Os eventos foram prestigiados por dezenas de autoridades do universo sindical e político. A finalização ficou por conta do governador do Amazonas, Eduardo Braga, que falou sobre um acordo entre sindicato, empresa e governo responsável pela manutenção de 30 mil postos de trabalho, e da ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, que apresentou uma palestra sobre o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

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