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Segurança precária causa tragédia na BrasilSat

A falta de segurança no ambiente de trabalho e a imprudência fizeram mais uma vítima no setor metalúrgico. O trabalhador da BrasilSat (unidade CIC), Jorge Morais, de 56 anos, morreu na madrugada da última terça-feira, dia 10 de março.  Segundo testemunhas, ele caiu de uma altura de aproximadamente seis metros, quando fazia reparos em uma torre de arco submerso. No momento em que o trabalhador executava o serviço, uma ponte rolante sem nenhuma sinalização sonora foi acionada e passou bem rente à cabeça do metalúrgico.

Como a empresa não lhe forneceu o cinto de segurança, equipamento de proteção individual obrigatório, Morais acabou prensado pela ponte, se desequilibrou e caiu. Ele foi socorrido e encaminhado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu momentos depois. Morais era mecânico de manutenção e trabalhava na BrasilSat há dois meses. No momento do acidente, não havia nenhum técnico de segurança do trabalho no local.  

Na manhã desta quarta-feira, dia 11, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) organizou um protesto em frente à fábrica. Os trabalhadores fizeram um minuto de silêncio em homenagem ao companheiro que faleceu. Durante a manifestação, o Sindicato informou que vai denunciar a empresa à Superintendência Regional do Trabalho, a antiga DRT, para que a fábrica seja fiscalizada e sejam apuradas as responsabilidades pelo acidente. 

Problemas antigos

A questão da saúde e segurança no ambiente de trabalho é bastante problemática na BrasilSat. Ano passado, os trabalhadores chegaram a paralisar as atividades por cinco vezes em um mês. A empresa não fornece aos trabalhadores os equipamentos obrigatórios de proteção individual, tem um maquinário em estado precário, prensas sem nenhuma proteção, banheiros e refeitório sem condições de higiene, fornece apenas um macacão para os funcionários trabalhar de segunda a sexta, com eventuais horas extras aos sábados.

Por conta desses problemas, a BrasilSat já foi denunciada à Superintendência Regional do Trabalho, e em janeiro desse ano, foi vistoriada e sofreu onze autos de infração. Na ocasião, a empresa se comprometeu a solucionar imediatamente os problemas com risco eminente à segurança dos trabalhadores. A direção da fábrica se comprometeu também a apresentar ao Sindicato, até o final de março, um cronograma com os prazos para resolução de todas as irregularidades. A BrasilSat tem hoje cerca de 400 funcionários e fabrica antenas parabólicas.

Clique aqui e confira as fotos do protesto organizado pelo Sindicato

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