Há alguns meses o INSS está chamando os beneficiários que se encontram em afastamento previdenciário para realizar nova perícia e, se for preciso, revisar o benefício. Até o momento, segundo o Ministério do Trabalho, foram realizadas 200 mil perícias, resultando em 180 mil auxílios-doença cancelados.

Na teoria, o procedimento é para verificar se a incapacidade para o trabalho permanece ou não. O objetivo do instituto é eliminar as distorções sociais causadas por alguns poucos casos de fraude na concessão do benefício e promover o retorno do trabalhador que já tem condições de atuar novamente.

Mas em muitos casos dos quais se tem conhecimento, essa perícia médica é superficial, e leva em conta até mesmo as postagens em redes sociais para apontar que a vida social do beneficiário não condiz com o pagamento do benefício.

É importante lembrar que em muitos casos, quem recebe o auxílio deixa de fazer o acompanhamento médico periódico, e por isso os peritos entendem, sob orientação do INSS, que o abandono do tratamento sugere a cura da doença. Para tentar evitar essa situação, o afastado deve realizar de exames e consultas periódicas, no mínimo uma vez ao ano, para comprovar nas perícias que a doença e, consequentemente, a incapacidade, persiste. Mesmo assim, essa não é uma garantia de que o auxílio será mantido, mas sem eles o corte do auxílio é praticamente certo.

O sindicato também alerta a todos os representados que estejam nessas condições que, caso ocorra a convocação do INSS para perícia médica, é interessante que haja orientação do profissional especializado, para que todos os elementos sejam postos à disposição do instituto no momento da perícia.

Aposentadorias

Depois de cumprir a meta de revisar 530,1 mil auxílios-doença até setembro, o INSS já informou que começará a revisar as aposentadorias por invalidez, seguindo o mesmo procedimento.