Reunidos na noite desta segunda-feira (6), na sede do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, a diretoria plena do SMC fechou as estratégias para os atos da próxima sexta-feira (10 de novembro) contra o corte de direitos trabalhistas e pela geração de empregos de qualidade.Entre as ações estão as mobilizações na porta de fábrica das maiores empresas do setor metalúrgico da região.  Os representantes do Sindicato também fizeram um balanço da campanha 2017/2018 até o momento e alinharam ainda mais as pautas de luta para os trabalhadores.

Durante a reunião, o consultor sindical João Guilherme Vargas Netto se aprofundou nas questões que levaram o Brasil ao atual momento político e social.

De acordo com o consultor, os brasileiros no geral estão em um estado de paralisia social devido a três motivos: 1. a economia parou de piorar; 2. a exaustão pela falta de punição contra Michel Temer; 3. as principais forças políticas do país já estão preocupadas com as eleições de 2018.

João Guilherme ainda destacou o importante papel dos metalúrgicos brasileiros na quebra dessa paralisia e na organização dos atos do dia 10 de novembro. Para o consultor, desde que o Movimento Brasil Metalúrgico surgiu, outras categorias viram na prática que existem ferramentas fortes e reais para combater a Reforma Trabalhista e o corte de direitos.

"A estratégia do Movimento Brasil Metalúrgico foi muito importante para iniciar toda essa movimentação do dia 10 de novembro, primeiro porque buscou uma unidade entre todas as frentes políticas dos metalúrgicos do país. Além disso, o movimento introduziu na campanha salarial de setembro, outubro e novembro a resistência contra a Reforma Trabalhista. Então conseguiu não só uma unidade política e social importantíssima, mas ainda mostrou para o Brasil que os trabalhadores têm nas mãos uma ferramenta real de luta contra a Reforma", resumiu João Guilherme. 

O presidente do SMC, da Força Paraná e da Fetim, Sérgio Butka, comandou a reunião e reforçou com firmeza o discurso da união e ainda deu a linha das estratégias para os próximos atos.

“Se a gente ficar parado, não for pra rua de vez, vamos perder os nossos direitos. Isso está muito claro e por isso estamos agindo já na campanha salarial, lutando e fazendo assembleias empresa por empresa todos os dias, mostrando mais uma vez que só A LUTA FAZ A LEI! E dia 10 de novembro será determinante nessa batalha contra a Reforma e por isso estamos firmes, unidos e mobilizados para realizar esse grande ato de trabalhadores de todas as grandes centrais em todo o Brasil. estamos JUNTOS e não vamos dar chance para patrão ou governo corrupto cortarem nossos direitos”, destacou o presidente Sérgio Butka.

Além do presidente do SMC Sérgio Butka e do consultor sindical João Guilherme, estiveram presentes compondo a mesa da reunião mensal da diretoria plena desta segunda-feira os companheiros Nelsão (SMC), Jamil DAvila (SMC), o economista Cid Cordeiro e Pedro Celso (CNTM).

10 DE NOVEMBRO

Além das mobilizações em porta de fábrica, em Curitiba um ato conjunto também está programado para esta sexta-feira (10) na Boca Maldita, no Centro da cidade, às 11h. O ato vai reunir trabalhadores de diversas categorias das sete principais centrais sindicais do Brasil (CSB, CSP-Conlutas, CTB, CUT, Força Paraná, NCST e UGT).