Apesar de ter sido retirado da pauta do Congresso Nacional no último dia 13 de maio, graças a representantes dos trabalhadores, o veto do presidente Lula a Emenda 3 ainda corre o risco de ser derrubado. A Emenda 3 na prática transforma o trabalhador em pessoa jurídica, sem  qualquer direito trabalhista, liberando o empresário das obrigações trabalhistas e previdenciárias. Com isso, os trabalhadores deixam de ter direito a benefícios como FGTS, 13º salário, férias, 1/3 de férias e ainda vão ter que pagar o seu próprio INSS. O deputado federal e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, foi um dos parlamentares responsáveis pela retirada de pauta do tema na Câmara. “A Emenda 3 foi vetada pelo presidente, pois fere os direitos dos trabalhadores”, ressalta o deputado.

O presidente da Força Sindical do Paraná, Sérgio Butka, advertiu que apesar de ter sido retirado de pauta, há uma tendência de que se derrube o veto do presidente,  pois, a maioria dos parlamentares representa os interesses dos empresários. “Temos que nos mobilizar para defender mais uma vez os direitos dos trabalhadores”. Uma votação secreta iria decidir se o veto do presidente à Emenda 3 seria ou não derrubado. De acordo com o assessor parlamentar do Diap, Marcos Verlaine, o veto à Emenda 3 deverá ser votada na Câmara ainda neste mês. “A retirada de pauta do veto foi uma estratégia dos parlamentares que defendem os direitos trabalhistas”. Segundo Verlaine, ainda não há um consenso na Câmara sobre o tema. “Não se pode dizer se o veto será ou não derrubado, mas esperasse que os parlamentares levem em conta o apelo popular e resguardem os direitos trabalhistas”, afirma.