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Produção de caminhões cresce 55% em quatro meses

Fábricas entregam mais de 33,5 mil unidades; pesados puxam e quase dobram o volume no período

O ritmo de produção nas fábricas de caminhões está cada vez mais acentuado: de janeiro a abril, as linhas de montagem elevaram seus volumes em 54,9% quando comparados com iguais meses de 2017. Dados divulgados na segunda-feira, 7, pela Anfavea, associação das montadoras, apontam que o total superou as 33,5 mil unidades no período, considerando todos os segmentos. O desempenho vem sendo fortemente sustentado pelos pesados, cujo volume total atingiu os 15,1 mil caminhões, quase o dobro do visto há um ano, quando o setor entregou pouco mais de 7,8 mil.

A produção acelerada vem sendo alavancada pela melhor situação do mercado interno, que reagiu com força nos últimos três meses do ano e mantém a tendência de alta a cada mês de 2018, pelo menos até agora. Isso também graças ao segmento de pesados (também chamados de extrapesados) em função do agronegócio que demanda este tipo de veículo. Em quatro meses, foram vendidos mais de 9,2 mil caminhões pesados, quase o dobro dos licenciamentos de mesmo intervalo de 2017 e 45% do total das vendas de caminhões no Brasil neste primeiro quadrimestre, que encerrou com pouco mais de 20,6 mil unidades, alta de 57,6% no comparativo anual.

Só em abril, os emplacamentos dos caminhões superaram as 6,1 mil unidades, o que não se via há meses por aqui. Este volume ficou 3,9% acima das vendas de março e cresceu expressivos 77,7% sobre o resultado de abril de 2017.

“O mercado de caminhões vem em um momento bom desde dezembro, quando as vendas começaram em quatro mil por mês, aumentou para cinco mil e agora já passamos dos seis mil, puxadas pelos pesados. Todos os demais subsegmentos vêm com crescimento robusto, não na mesma proporção, mas esse resultado tende a confirmar nossa previsão de crescer 25% neste ano”, declara o vice-presidente da Anfavea, Luiz Carlos de Moraes.

Embora o desempenho se mostre robusto, vale lembrar que a base de comparação é muito baixa. Há um ano, o setor ainda vivia incertezas sobre a situação econômica, que ainda não dava sinais de recuperação. O setor vinha experimentando a pior crise de sua história no País, mas a leve reação do mercado, que começou em meados de 2017 se intensificou e desde o último trimestre, o mercado voltou a respirar com um pouco mais aliviado. Mas a recuperação vem acontecendo de forma gradativa: os dados da Anfavea mostram que as vendas no acumulado do primeiro quadrimestre, de 20,6 mil, ainda não alcançaram a média dos últimos 10 anos, de 35,8 mil caminhões.

As exportações se somam aos fatores que melhoraram as condições de produção, ao elevar os volumes também em meados do ano passado. Agora, com o primeiro quadrimestre consolidado, as vendas ao exterior avançaram 21% sobre mesmo período do ano passado, totalizando mais de 10 mil caminhões.

Para Moraes, o avanço do mercado interno e o aumento das exportações vão ajudar as fábricas a conter a ociosidade do setor, que ainda está em nível altíssimo, na casa dos 70%. Além disso, o segmento pesado tende a enfrentar outros desafios:

“O crédito é um limitador. Sabemos que as empresas estão utilizando cada vez mais o CDC, porque tem uma taxa fixa e sabem quanto vão pagar, mas os bancos não estão com tanto apetite [para conceder crédito]. Os bancos de montadoras não dão conta sozinhos do mercado, por isso precisamos dos demais bancos”, comenta.

Segundo o executivo, a Anfavea vai propor ao BNDES uma nova linha de crédito nos moldes do Finame, mas que tenha taxa fixa, como é o CDC (crédito direto ao consumidor).

ÔNIBUS

Do mesmo modo que os caminhões, a produção de ônibus ganhou novo fôlego em 2018: de janeiro a abril, as fábricas montaram 10,1 mil chassis, volume 81,7% maior que o verificado em iguais meses de 2017. Só em abril, a produção evoluiu 16,5% sobre o volume de março ao atingir as 3,3 mil unidades. Já na comparação com abril do ano passado, o volume mais que dobrou, crescendo 121%.

As vendas do segmento subiram 43% no mercado interno, para 3,6 mil chassis, enquanto as exportações evoluíram 47,6%, para pouco mais de 3,2 mil ônibus.

Fonte: Automotive Business


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