Governo cobra R$ 2,4 bi devidos ao FGTS; como ver se empresa está pagando?
O Ministério do Trabalho identificou R$ 2,4 bilhões que as empresas deixaram de depositar no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) de seus empregados, informou a pasta na segunda-feira (27)
O montante foi resultado de fiscalizações feitas por auditores do trabalho no primeiro semestre.
O resultado é 4,3% superior ao registrado no mesmo período do ano passado (R$ 2,3 bilhões), de acordo com o ministério. Ao todo, 20,4 mil empresas foram fiscalizadas nos seis primeiros meses do ano.
Os fiscais emitiram 9.400 notificações de dívidas, o que pode beneficiar 1,1 milhão de trabalhadores. "Muitos dos débitos são dívidas de até 30 anos", disse o chefe da Divisão de Fiscalização do FGTS, Jefferson Toledo.
Segundo ele, parte dos R$ 2,4 bilhões foi recolhida no ato da fiscalização e o restante será cobrado pela Caixa Econômica Federal e pela Procuradoria da Fazenda Nacional.
Trabalhador deve acompanhar saldo do FGTS
A recomendação para o trabalhador é sempre acompanhar se o patrão está depositando os 8% do FGTS. Caso saia do emprego, seja porque pediu as contas ou porque foi demitido por justa causa, deve confirmar assim que possível se a empresa fez todos os depósitos devidos.
"Atualmente, é possível a cobrança de débitos de até 30 anos, com exceção das Pessoas Jurídicas de Direito Público, para as quais o prazo prescreve em cinco anos. Em novembro de 2019, todos serão enquadrados nessa nova regra. Por isso, é importante que o trabalhador crie o hábito de acompanhar o saldo do FGTS e ficar bem informado de seus direitos", afirmou Toledo.
Segundo a Caixa, o trabalhador pode fazer a consulta pelos seguintes canais:
- Site da Caixa (é preciso cadastrar usuário e senha)
- Aplicativo do FGTS, disponível para os sistemas operacionais Android, iOS e Windows Phone
- Agências da Caixa
- Caixas eletrônicos, usando o Cartão do Cidadão
- SMS (o trabalhador pode se cadastrar nesse serviço para receber o extrato mensal)
- Extrato bimestral encaminhado pelos Correios
- Internet Banking, no caso de clientes da Caixa
Fonte: UOL/Força Sindical
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