Segundo a montadora, mesmo depois de 5 anos exercendo a função, trabalhadores não estariam aptos para aquele cargo. Situação causou revolta entre os trabalhadores

Na manhã desta quinta-feira (22), cerca de 400 metalúrgicos e metalúrgicas da Volkswagen, em São José dos Pinhais, cruzaram os braços por 2 horas em solidariedade aos companheiros desrespeitados pela gestão da empresa. 

A decisão do protesto foi tomada após alguns trabalhadores serem comunicados de que não estariam aptos a exercer suas funções, mesmo tendo atuado nelas nos últimos 5 anos. O comunicado da empresa causou revolta entre o chão de fábrica, que se viu desrespeitado pela Volkswagen, afinal, como, de uma hora para outra, eles não estariam aptos para continuar seu trabalho?

Em solidariedade, cerca de 400 trabalhadores, organizados pela representação sindical interna, decidiram parar a produção da fábrica por 2 horas. A produção só foi retomada na montadora depois que o RH da empresa se comprometeu a rediscutir o assunto com o Sindicato e com os trabalhadores da Volks.

De acordo com Jamil D’Avila, trabalhador da Volkswagen e secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, a decisão dos trabalhadores de realizar o protesto é muito acertada, já que, “é apenas com organização e união que se tem os direitos respeitados e avanços conquistados”. 

Novos protestos não estão descartados pelos trabalhadores caso a empresa não reveja sua postura. 

A Volkswagen emprega cerca de 1800 trabalhadores, produz diariamente uma média de 305 veiculos, englobando os modelos Fox, Audi e Golf. Além do mercado interno a planta atende outros países, entre eles Argentina, Chile e Colômbia.