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Tão se folgando! GM quer cortar direitos dos trabalhadores

A montadora da GM em São Paulo tá achando que pode tudo e querendo “inventar uma moda” no Brasil. Anda dizendo que só investe se acabar com direitos dos trabalhadores. O corte vai desde redução salarial, fim da PLR em 2019, até a terceirização total dos 4.800 trabalhadores da GM.

 

Veja abaixo um resumo da situação, todos pontos da absurda proposta da empresa e a também posição oficial dos Sindicatos que representam os trabalhadores na GM:

Veja abaixo os absurdos:

1.    Negociação da PLR com revisão de regras de aplicação, prevalência da proporcionalidade, transição pra equivalência salarial e inclusão da produtividade (Absenteísmo)
2.    PLR por 3 anos sendo, 0% no 1º ano (2019), 50% no 2º e 100% no 3º ano
3.    Nova grade salarial para toda a Planta de SJC para horistas e mensalistas, progressão salarial com congelamento para o ano de 2019 e nova tabela salarial, inclusive para cargos especializados
4.    Formalização de acordo coletivo de longo prazo, 2 anos e renováveis por mais 2 anos
5.    Negociação de valor fixo em substituição ao aumento salarial para os horistas e meritocracia para os mensalistas, sendo, 0% no 1º ano (2019), 60% no 2º e 100% (da inflação) no 3º ano
6.    Implementação do trabalho intermitente por acordo individual e coletivo (explicação abaixo)
7.    Terceirização de atividades meio e fim
8.    Jornada de trabalho de 44 horas semanais para contratações novas (e a grade velha?)
9.    Piso Salarial de $1.600 
10.    Redução do adicional noturno para percentual previsto em Lei (20%)
11.    Supressão de pagamento de hora extra, com adicional diferenciado limite de 29,275 horas - O que é a supressão de horas extras? Supressão de horas extras acontece quando um trabalhador e um empregador habitualmente incluem as horas adicionais na rotina do trabalhador durante um longo período, tornando a remuneração adicional parte comum de seu trabalho e, repentinamente, para de solicitar estas horas adicionais, gerando prejuízo financeiro repentino ao trabalhador. Em outras palavras, trata-se da exclusão as horas e remuneração adicionais da rotina e do pagamento do trabalhador. Não raras vezes, isso prejudica a arrecadação do empregado, gerando disputas judiciais significativas. (https://direitosbrasil.com/supressao-de-horas-extras/)

12.    Redução do período de complementação do auxilio previdenciário para 60 dias, limitado a 1 evento (afastamento) por ano
13.    Introdução de cláusula no acordo coletivo de trabalho regulando a possibilidade de suspensão do contrato de trabalho (Layoff)
14.    Revisão, inclusão, exclusão de adequação das cláusulas sociais
15.    Exclusão da garantia de emprego aos empregados Acidentados
16.    Cláusula regrando a adoção de termo de quitação anual de obrigações trabalhistas
17.    Acordo específico de flexibilidade de jornada de trabalho por meio do banco de horas
18.    Rescisão no curso do afastamento para empregados com tempo para aposentadoria
19.    Desconsideração de horas extras extraordinária 
20.    Trabalho em regime de tempo parcial
21.    Jornada especial de 12 por 36 
22.    Ajuste na cláusula de férias com parcelamento previsto na Lei
23.    Inaplicabilidade de isonomia salarial acima de 48 meses para grade nova 
24.    Suspensão da contribuição da GMB por 12 meses do PreviGM
25.    Alteração do Plano Médico
26.    Renovação dos acordos e flexibilidades existentes
27.    Manter o acordo de manutenção e escala sem pagamento das folgas
28.    Fim do subsídio do transporte ou inclusão de linhas regulares, ou seja, acabar com o transporte e colocar circular


Nota oficial sobre possível saída da GM do Brasil e América do Sul

Na última sexta-feira (18) a General Motors (GM) enviou um comunicado aos seus funcionários, assinado pelo presidente da empresa no Mercosul, Carlos Zarlenga, onde coloca que a situação da empresa “é crítica” e que eles estudam a possibilidade de sair do Brasil e da América do Sul.

Logicamente isto leva apreensão aos trabalhadores. No entanto ela se contradiz com a realidade, visto que a GM anunciou um lucro global superior a 2,5 bilhões de dólares, o equivalente a R$ 10 bilhões, no último trimestre, e é líder de vendas na região.

Acontece que a empresa aproveita o momento para fazer uma forte reestruturação, com demissões e fechamento de plantas, como algumas que já foram anunciadas nos EUA e Canadá. Os trabalhadores não podem mais uma vez “pagar o pato”.

Repudiamos esta possibilidade de paralisação da produção no Brasil e na América Latina, e também que nos seja exigido mais sacrifícios, como diz o comunicado da empresa , já que foram feitas várias concessões à GM e a empresa sempre querendo mais.

Não aceitamos que a situação seja utilizada para reduzir mais direitos, nem demissões ou o fechamento de fábricas. Defendemos os empregos e queremos estabilidade!

Os sindicatos que têm representação na GM no Brasil e demais entidades que assinam este documento manifestam sua oposição a esta reestruturação global que a GM vem promovendo, pois ataca os empregos com o fechamento de plantas e a retirada de direitos.

Nesta luta, buscaremos atuar em unidade, inclusive, com trabalhadores de outros países que também abrigam plantas da GM, como a Argentina. Participaremos na terça-feira (22), de uma reunião com representantes da empresa e defenderemos juntos os empregos e os direitos dos trabalhadores.

São Paulo, 21 de janeiro de 2019

Miguel Torres
Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM/Força)

Paulo Cayres
Presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT)

Atnágoras Lopes
Membro da Executiva Nacional da CSP/Conlutas

Wagner Santana (Wagnão)
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Aparecido Inácio da Silva (Cidão)
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul

Weller Pereira Gonçalves
Presidente Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos

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