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Com a greve, Volks-Audi e Renault-Nissan já deixaram de produzir mais de sete mil veículos

A greve dos metalúrgicos iniciada semana passada está trazendo prejuízos à Volkswagen-Audi e Renault-Nissan. Juntas, as duas montadoras instaladas em São José dos Pinhais já deixaram de produzir só até esta quarta-feira, dia 9, um total de 7.040 veículos. A Volks, que está com a produção parada desde as 14h da última quinta (03), já deixou de fabricar 3.920 automóveis. A média de produção diária na fábrica é de 840 carros, dos modelos Fox, Crossfox e Golf. Já a Renault, cuja paralisação começou na sexta de manhã (04), já deixou de fazer 3.120 carros. São produzidos na fábrica em média 780 automóveis por dia, dos modelos Megane Sedan, Megane Grand Tour, Logan, Sandero, Máster e Sandero Step Way, além de Livina e Frontier, estas duas últimas no âmbito da parceria com a Nissan.

O prejuízo das montadoras pode aumentar ainda mais. Isso porque em uma reprise do que ocorreu ontem, os 8,5 mil trabalhadores das duas empresas nem chegaram a descer dos ônibus que os traziam às fábricas na manhã desta quarta-feira. Isso porque nem Volks e nem Renault não apresentaram nenhuma nova proposta de reajuste. Com isso, a greve continua. O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) esteve em porta de fábrica para informar os trabalhadores sobre essa situação e avisar que uma nova assembléia será realizada na próxima segunda-feira, dia 14. Se uma negociação ocorrer antes disso e a proposta enfim aparecer, a assembléia de segunda pode ser antecipada. Até o momento, não há nenhuma reunião agendada com a Volks ou Renault. A única reunião confirmada é com a Volvo. SMC e empresa se encontram hoje para uma nova rodada de negociações. No primeiro encontro, foram discutidas as cláusulas sociais da pauta de reivindicações. Hoje, o foco da discussão é nas cláusulas econômicas. Amanhã às 7h30 o Sindicato realiza assembléia com os cerca de 2,6 mil trabalhadores da fábrica para passar o resultado da negociação de hoje. Se a proposta não agradar, podem haver paralisações de protesto já a partir de amanhã.

Reivindicações

Os metalúrgicos da Volks-Audi e Volvo reivindicam 10% de reajuste salarial já em setembro. O índice é composto da seguinte forma: aumento real e correção de 100% do INPC (estimado pelo Dieese entre 4,67% e 4,70%). Além disso, os trabalhadores exigem um abono de R$ 2 mil também em setembro. Na Renault, a reivindicação é a mesma, acrescida de 1% de aumento que ficou pendente da negociação de 2008. Na Volvo, os metalúrgicos pedem ainda o reajuste no valor do vale-mercado, que está congelado há treze longos anos em R$ 60,00.

Momento positivo
 
A produção na Volks-Audi segue em alta. A empresa comprou todos os sábados dos trabalhadores até o final de novembro para dar conta da produção. A montadora não sofreu muito os efeitos da crise financeira mundial, tanto que desde o final do ano passado não foram anunciadas demissões e o nível médio de empregos se manteve estável. Contando com os terceirizados (aproximadamente dois mil), cerca de 5,5 mil pessoas trabalham na unidade de São José dos Pinhais da Volks. A fábrica está operando com sua capacidade total, de 840 veículos/dia. Cerca de 80% do que é fabricado no local é comercializado com o mercado interno. Os 20% restantes são exportados para o Uruguai, Paraguai, Argentina, Chile, Estados Unidos, Canadá e Alemanha.

A exemplo da Volks, a Renault também vive um bom momento. Em agosto, a empresa contratou 600 trabalhadores, aumentando assim o quadro de funcionários para quatro mil pessoas. Contando com os terceirizados, o número de empregados na fábrica sobe para cinco mil. Cerca de 80% dos 780 veículos produzidos por dia são destinados ao mercado interno. Os 20% restantes são exportados para a Argentina e México.

Autopeças também sofrem conseqüências

A greve na Volks-Audi e Renault afeta diretamente o setor de autopeças. Empresas como Aethra, Peguform, além de outras situadas nos parques industriais das duas montadoras, estão praticamente paradas. Como as montadoras não estão produzindo, o número de pedidos para as autopeças diminuiu consideravelmente, ou até zerou. Com isso, cerca de 13 mil trabalhadores destas indústrias estão ociosos.

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