Economia não cresce e desemprego é real, diz presidente da Procter
SÃO PAULO Para Juliana Azevedo, presidente da Procter & Gamble no Brasil, é preciso concentrar esforços em inovação para suprir as necessidades do consumidor que "viveu e está vivendo em uma crise".
Ela a?rma que os dados são claros: "economia que ainda não cresce" e "desemprego real".
Entrevistada na semana passada pela coluna, durante um evento da Amcham em que o governador João Doria incentivou os empresários e executivos presentes a abraçarem uma campanha em defesa da reforma da Previdência , a executiva evitou fazer comentários políticos.
"A parte política a gente deixa para os políticos", disse.
Como avalia o governo e o atual momento do país?
Do governo a gente não comenta. Nós continuamos otimistas. Estamos investindo e vamos abrir um centro de inovação agora. A gente atua na área de bens de consumo, vendendo xampu, pasta de dente.
Mas estão todos esperando a reforma da Previdência, se passa ou não?
No nosso caso, não, a gente não está esperando. A gente está investindo em inovação.
Esse seu setor é privilegiado? É de indulgência?
É. Eu reconheço. Vamos completar agora 12 meses investindo bastante em inovação para fomentar. E reconhecendo as necessidades desse consumidor novo que viveu e está vivendo em uma crise, porque os dados são claros de economia que ainda não cresce, de desemprego que é real. O que a gente está tentando fazer é criar inovações que respondam a essa necessidade nova do consumidor.
O governador João Doria está instando empresários e executivos a defenderem a reforma da Previdência. Como vocês estão reagindo a esse pedido?
Sigo focando em vender fraldas e pasta de dente. A parte política a gente deixa para os políticos mesmo.
Fonte:Folha De São Paulo
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