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Nova diretoria do SMC faz primeira reunião de 2008

A nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), gestão 2008- 2012, fez na manhã de ontem, dia 28, a primeira reunião do ano. O evento, realizado na sede campestre da entidade, em São José dos Pinhais, contou com a presença de mais de 150 pessoas. A direção do SMC, composta por 16 membros na executiva e outros 92 na base, fez uma análise do ano de 2007 e deu uma “pincelada” no que pode vir em 2008. Assim como na cerimônia de posse do último dia 7, o presidente Sérgio Butka voltou a defender a redução da jornada de trabalho como uma das principais bandeiras de luta para esse ano.

Butka falou também sobre o caso da Renault, onde quatro delegados de base do SMC na montadora estão sendo perseguidos e ameaçados de demissão por lutar contra o excesso de horas extras. “A jornada excessiva é comprovadamente prejudicial à saúde do trabalhador. Não é ameaçando os dirigentes sindicas de demissão que vai-se resolver o problema. Precisamos evitar que ações de represália como a da Renault se proliferem por outras empresas da categoria”, afirmou.

O diretor do departamento de saúde do SMC e membro da Secretaria do Trabalho do PR, Núncio Manalla, falou sobre a recente campanha contra a informalidade lançada pelo Governo do Estado, em parceria com o movimento sindical. “Hoje temos 1,92 milhões de pessoas na informalidade no Paraná, sem carteira assinada. Nossa idéia é estimular as empresas para que estas registrem seus trabalhadores. Todos saem ganhando. Já entregamos folders sobre a campanha na Rua XV de Novembro, no centro de Curitiba. Também vamos colar cartazes nos ônibus. Só com a carteira assinada o trabalhador tem direito à 13º salário, férias, auxílio doença, vale-transporte, aposentadoria, entre outros benefícios”, destaca. 

O novo superintendente regional do trabalho do Paraná, João Graça, foi convidado pela diretoria do SMC para falar sobre os projetos que pretende desenvolver à frente da superintendência. Ele afirmou que conta com o movimento sindical nessa empreitada. “Vamos buscar um diálogo com os sindicatos, federações, confederações e centrais. Estamos de portas abertas para ouvir as sugestões dos representantes dos trabalhadores, assim como os seus problemas. Dessa maneira, vamos ser mais eficazes no nosso trabalho”, disse o superintendente.  
 
Ano histórico

A primeira reunião dos metalúrgicos de 2008 teve uma palestra do consultor sindical João Guilherme Vargas. Ele afirmou que o ano passado foi o melhor para o movimento sindical desde o fim da ditadura militar. “Alcançamos grandes vitórias em 2007, como a mobilização e os conseqüentes vetos às emendas 3 e 21, o reconhecimento das centrais, a 4ª marcha pela redução da jornada em Brasília, o avanço da economia e o aumento do número de empregos. Nunca tivemos tanto emprego formal no país como no ano passado. Foram 14 milhões de pessoas com carteira assinada. Em 2008 temos plenas condições de avançar ainda mais que em 2007”, disse.

O consultor criticou o fato da mídia não reconhecer a participação efetiva do movimento sindical no crescimento da economia do país. “Eles falam o milagre, mas não falam o santo. Se hoje temos a economia mais forte, com mais emprego e aumento real acima da inflação para diversas categorias, isso se deve muito à atuação movimento sindical”, afirmou. Quanto à campanha pela redução da jornada de trabalho anunciada recentemente, João Guilherme disse que a participação dos metalúrgicos é fundamental. “Hoje temos 1,6 milhões de metalúrgicos no Brasil. De cada quatro operários de fábrica, um é metalúrgico. É uma categoria forte, importante, que já elegeu um presidente da república. Eles têm que puxar essa luta pela redução da jornada. Se não, corre o risco dessa campanha não decolar”, comenta.

Economia aquecida

O economista do Dieese, Cid Cordeiro, foi outro a palestrar na reunião da diretoria do SMC. Ele falou sobre o bom momento pelo qual passa a economia brasileira. “Em 2007 nosso PIB cresceu 5,3%. É uma das maiores taxas de crescimento da nossa história”, comemora. O economista ressaltou também a luta dos metalúrgicos da Grande Curitiba na última campanha salarial. “Foi conquistado um aumento real de 2,19%, índice este bem acima da média nacional. Isso é fruto de muita luta e determinação da categoria”, elogia Cid. Em relação a 2008, o economista prevê um ano de incertezas, devido à crise no mercado econômico americano, que acaba refletindo no mundo inteiro. “O Brasil deve crescer em 2008 menos que em 2007. Porém, ainda será um crescimento consistente, sobretudo se levarmos em conta a média de crescimento do passado, que era de apenas 2,5% ao ano”, analisa.

Encerramento

Encerrando a reunião, ficou definido para o dia 25 de fevereiro a realização de um Seminário de Planejamento Estratégico, na sede campestre do SMC. Na ocasião, a diretoria do Sindicato discute as estratégias de luta para o ano em relação à PLR, campanhas salariais, eventos, entre outros temas.


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