O próximo dia 28 de abril é o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho e Doenças Ocupacionais. A legião de pessoas acidentadas e com doenças do trabalho que tem, atualmente, saído todos os dias das empresas no mundo inteiro tem várias explicações: o ritmo de trabalho incessante;  formas de gestão  que somente priorizam a produtividade e o lucro em detrimento da mão de obra; a redução e a competição por empregos; a pressão para que o trabalhador produza mais no menor tempo possível, entre outros.

Enquanto persistir este tipo de mentalidade que somente prioriza as exigências do mercado estaremos sujeitos a ter que arcar com os custos e prejuízos dessas  doenças e acidentes. É inadmissível que o trabalhador saia de casa para lutar pelo sustento da sua família e volte doente, com problemas físicos ou psicológicos.

E esse é um problema que não atinge somente a vítima mas toda a sociedade. Todos sofrem as conseqüências do descaso com a segurança e a saúde no ambiente de trabalho: a família, que muitas vezes é dependente do trabalho da vítima; a empresa, que perde um profissional qualificado; o Estado, que através da já quebrada Previdência Social, tem que arcar com mais essa despesa; a própria vítima, que perde sua capacidade de trabalho e sua auto-estima.

Problemas que podem ser evitados se todos, trabalhadores, Sindicatos, empresários, governo e a sociedade em geral se unirem e trabalharem em conjunto visando a conscientização e a promoção de uma cultura de saúde e segurança no ambiente de trabalho. É inadmissível que ainda hoje, em pleno século 21, morram 5.500* pessoas por dia no ambiente de trabalho no mundo. É preciso dar um basta nisso e lutar para a construção de uma cultura nas empresas que valorize a dignidade humana e ofereça aos trabalhadores um ambiente de trabalho seguro e decente. Todos tem a ganhar!

*Fonte: Organização Internacional  do Trabalho - OIT