Portal do SMC - Acesse aqui

Notícias

Imagem

2º turno em Curitiba: Candidatos articulam alianças

Os dois concorrentes que disputam a prefeitura da capital – Ratinho Júnior (PSC) e Gustavo Fruet (PDT) – se apressaram ontem para traçar a estratégia e angariar apoios no segundo turno. Ratinho terá o PMDB, mas não necessariamente Rafael Greca, ao seu lado. Ele ainda tenta atrair o governador Beto Richa (PSDB). Fruet aposta na participação do PT para conquistar a população mais pobre.

Ministros tentarão articular apoio de Dilma a Fruet
O candidato a prefeito de Curitiba Gustavo Fruet (PDT) já articula apoios para o segundo turno – muito mais de lideranças do que de partidos. “Estamos conversando com vereadores eleitos de nossa coligação e de outras, com candidatos a vereador não eleitos e também com deputados estaduais”, disse.

Essa seria uma estratégia para conseguir mais capilaridade na campanha, principalmente nos bairros mais populares, onde ele teve uma porcentagem menor de votos do que Ratinho Júnior (PSC). O pedetista disse que pretende se dirigir aos pobres de forma mais incisiva. “Vamos falar mais diretamente com esses eleitores, de forma objetiva”, disse. A conquista desses eleitores deve passar pelo PT, de acordo com o pedetista.

O diretório estadual do PT estará reunido hoje em Curitiba para definir as estratégias na capital e nas outras cidades do Paraná com segundo turno. Caberá aos ministros Paulo Bernardo (Comunicações) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil) conversar com a cúpula do PT para decidir sobre uma possível participação da presidente Dilma Rousseff na campanha de Fruet. Ele, porém, não pareceu contar com o apoio presidencial. “Essa eleição mostrou que a transferência de voto não é algo garantido”, disse.

Fruet ainda anunciou que pretende marcar um encontro com o peemedebista Rafael Greca, independentemente da posição tomada pela cúpula do partido de apoiar Ratinho Jr.

Discurso
Ele também já preparou o discurso com que pretende se contrapor ao adversário. Disse que é a “mudança segura” na gestão do município ante uma “mudança irresponsável”. De acordo com Fruet, o eleitor deve agora comparar a trajetória dos dois. “Caberá ao eleitor ver quem é o candidato capaz de viabilizar as promessas, qual é capaz de promover uma mudança segura e responsável.”

Ratinho não esconde desejo de fechar aliança com Richa
O candidato à prefeitura de Curitiba pelo PSC, Ratinho Júnior, começou a buscar apoios políticos para o segundo turno logo após o fim da apuração dos votos, na noite do domingo. E não escondeu o desejo de contar com o apoio de Beto Richa (PSDB) e de expoentes do grupo político do governador. Richa ainda não decidiu se dará algum apoio (leia mais na página 7).

Ontem, Ratinho afirmou estar aberto a todas as lideranças políticas da cidade e do estado, desde que elas compactuem com seu projeto e não exijam apoio para a próxima eleição estadual. “Não vou colocar a prefeitura em negociação para 2014”, afirmou. Mas admitiu que irá buscar o máximo de apoio de “pessoas de bem”, inclusive com Richa e com outros candidatos à prefeitura como Rafael Greca (PMDB), Alzimara Bacellar (PPL) e Luciano Ducci (PSB) – o prefeito, porém, anunciou ontem que ficará neutro no segundo turno.

Ratinho admitiu que conversou com Ducci e Greca para se solidarizar com a derrota de ambos. Mas negou que tenha pedido apoio. Na manhã de ontem, ele foi também à casa do senador Roberto Requião (PMDB) para conversar sobre uma possível aliança com os peemedebistas. Ratinho também procurou vereadores eleitos e aqueles que tiveram boa votação mas que não estarão na Câmara no ano que vem.

Para a campanha do segundo turno, Ratinho afirma que continuará apostando na apresentação de propostas e principalmente no detalhamento delas. A falta de explicação de como fazer o que ele propõe vinha sendo uma das principais críticas que ele recebia dos adversários. Ratinho justificou que o pouco tempo de tevê que teve não permitia uma explicação mais aprofundada de suas ideias. “Vamos mostrar de onde virá o dinheiro para financiar as propostas e apresentar a equipe técnica que nos ajudou no plano de governo.”

Também deu a entender que reforçará a ideia de que é um candidato independente, ao voltar a dizer que foi “candidato contra duas máquinas: a dos ministros e a do governo do estado”, em referência a Gustavo Fruet, apoiado pelo PT, e a Ducci, do grupo do governador. Também reagiu ao slogan de Fruet, que se autointitulou “a mudança com responsabilidade”. “Nós somos a mudança de fato, sem raiva e sem rancor”, afirmou.

Luciano Ducci afirma que não irá apoiar ninguém no segundo turno
O prefeito Luciano Ducci (PSB) afirmou ontem que se manterá neutro no segundo turno em Curitiba e que não vai apoiar nenhum dos dois candidatos. Ele disse que tomou essa posição por “respeito” a seus eleitores – Ducci fez 261.049 votos no domingo, e ficou em terceiro lugar.

Mas se colocou à disposição dos candidatos Ratinho Júnior (PSC) e Gustavo Fruet (PDT) para repassar informações e dados da prefeitura para a elaboração de seus planos de governo. “Se algum candidato precisar de informações e dados para seu plano de governo, estaremos à disposição. Assim como a gente vai preparar, no final de novembro, início de dezembro, o processo de transição, de maneira muito transparente.”

A neutralidade se estende ao diretório municipal do PSB. “Vou me manter neutro e continuar defendendo os interesses da cidade, dando continuidade a tudo aquilo de bom que vem ocorrendo na nossa cidade.” Segundo Ducci, cada um dos outros 14 partidos que fazem parte da coligação pela qual concorreu tomará a própria decisão sobre o caminho seguir. O prefeito afirmou que apenas comunicou sua decisão ao governador Beto Richa (PSDB).

PMDB fecha apoio a Ratinho
A executiva do PMDB em Curitiba definiu o apoio a Ratinho Júnior (PSC) no segundo turno. A proposta foi apresentada pelo senador Roberto Requião durante reunião na sede do partido e foi aceita com 27 votos a favor e 4 abstenções. O candidato do partido à prefeitura, Rafael Greca, não esteve presente na reunião.

Segundo Requião, o próximo passo do partido é formar uma comissão para conversar com o candidato sobre uma proposta de estruturação do governo e da campanha. “O PMDB vai se organizar e colocar sua estrutura à disposição do candidato [Ratinho]”, disse.

Sobre Greca, Requião afirmou que ele deve seguir a posição definida pelo partido. “Como diria Beto Richa, o ônus da democracia é ter de concordar com a maioria”, afirmou o senador. Procurado pela reportagem, Greca disse não ter opinião formada e afirmou que irá conversar com os dois candidatos [Ratinho e Gustavo Fruet.

Na reunião estavam presentes os deputados estaduais Luiz Cláudio Romanelli e Alexandre Curi. Romanelli destacou as divergências que tem com Requião, mas apoiou a proposta. O secretário-geral do partido na capital, Doático Santos, que havia participado da campanha de Luciano Ducci (PSB), também aceitou apoiar Ratinho, mas destacou que devem haver conversas e, caso elas não sejam positivas, o partido não irá dar o apoio.

Fonte: Gazeta do Povo – 09/10/2012

Comente esta notícia

código captcha
Desenvolvido por Agência Confraria

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) utiliza alguns cookies de terceiros e está em conformidade com a LGPD (Lei nº 13.709/2018).

CLIQUE AQUI e saiba mais sobre o tratamento de dados feito pelo SMC. Nessa página, você tem acesso às atualizações sobre proteção de dados no âmbito do SMC bem como às íntegras de nossa Política de Privacidade e de nossa Política de Cookies.