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Novo prefeito de Curitiba terá o maior salário das capitais

O candidato que vencer as eleições de outubro para a prefeitura de Curitiba terá o maior salário entre todos os prefeitos de capitais do país. Os R$ 24,5 mil aprovados pela Câmara Municipal para os vencimentos do novo prefeito são inclusive maiores que o dobro do salário do presidente Lula, que recebe R$ 11,4 mil. O Estado ouviu todos os candidatos à Prefeitura da capital, que concordaram que os valores são muito altos, mas divergiram sobre a possibilidade de adequa-los.

Desde que soube que seu salário era o mais alto do Brasil, o prefeito Beto Richa (PSDB) vem doando 22% de seus vencimentos para a conta da Prefeitura. Ele disse que não poderia intervir na votação da Câmara, que tem o dever constitucional de definir os salários do Executivo e do Legislativo municipal, mas garantiu que, se reeleito, manterá a doação nos mesmos percentuais.

A alternativa da doação, usada por Beto Richa, foi admitida pelos candidatos Fábio Camargo (PTB), Ricardo Gomyde (PC do B) Maurício Furtado (PV) e Lauro Rodrigues (PT do B). “O correto é equilibrar o salário com os de capitais do mesmo padrão, e também usar como referencial os vencimentos dos funcionários de carreira da prefeitura. Como o prefeito eleito não poderá resolver isso de imediato, a doação para contas da própria prefeitura é uma alternativa razoável”, disse Maurício Furtado. “A alternativa da doação é interessante, já que o salário é decidido pela legislatura anterior”, comentou Lauro Rodrigues.

Alguns deles, no entanto, questionaram o percentual doado por Beto e o fato de os salários terem chegado a esse valor. “É inaceitável que o prefeito de Curitiba ganhe quase o dobro do que recebe o prefeito de São Paulo, maior cidade da América do Sul e metrópole conhecida pelo seu alto custo de vida. Se eleito, abrirei mão de 50% do valor do salário de prefeito e repassarei o montante à Fundação de Ação Social (FAS)”, disse Fábio Camargo. “A atitude de doar para a própria prefeitura está correta. Mas vale lembrar que o prefeito tem ampla maioria na Câmara e poderia fazer valer sua vontade, não permitindo esse reajuste. No nosso governo, além do prefeito, o vice e todos os secretários também devolverão o montante que a sociedade julgar excedente de um salário adequado”, declarou Ricardo Gomyde.

Já os candidatos Gleisi Hoffmann (PT), Carlos Moreira (PMDB) e Bruno Meirinho (PSOL) criticaram a postura do prefeito. “O caso da doação de parte do valor do altíssimo salário do prefeito Beto Richa soa como hipocrisia, porque esta atitude foi tomada apenas depois que reportagens denunciaram que era praticado na capital paranaense o maior salário dentre os prefeitos do Brasil”, questionou Meirinho. “O fato de doar ou devolver não é a forma correta de se tratar o salário do gestor público, que tem de ser regulado de forma transparente como o salário do trabalhador. Essa regulação não pode ficar sujeita a artimanhas”, disse Gleisi, lembrando que a bancada do PT da Câmara apresentou emendas para que o reajuste do prefeito fosse calculado em cima do valor que Beto Richa recebe descontando a doação.

Já Moreira, apesar de lamentar o reajuste, não chegou a cogitar doação ou revisão do valor. “A doação é uma medida demagógica, ao invés de devolver ele deveria honrar o salário usando em horas trabalhadas, melhorando os benefícios aos cidadãos. Eu pretendo trabalhar para a cidade. Já estou acostumado a trabalhar 12, 14 horas por dia e estou disposto a me dedicar ainda mais pelo curitibano.”

Fonte: Paranaonline.com.br

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