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Uso de cartões marca reabertura da Assembléia

Sem projetos polêmicos para serem votados e em meio a discussões entre governistas e oposicionistas principalmente sobre o uso de cartões corporativos do governo, os deputados estaduais voltaram ao trabalho ontem. A sessão solene de abertura foi dominada pelo discurso do governador Roberto Requião (PMDB). Ele fez um balanço de sua administração, questionou a postura da oposição e da imprensa paranaense e voltou a criticar a decisão judicial que lhe proibiu de fazer uso da Rádio e Televisão Educativa (RTVE) para atacar adversários ou fazer promoção pessoal. No plenário, a única novidade foi a instalação de um painel eletrônico que será usado nas votações.

''Venho a esta Assembléia sob o signo da censura'', afirmou Requião no início de seu discurso. ''Passaram-se semanas e confesso que o meu espanto hoje é o mesmo dos primeiros minutos sequentes ao conhecimento da assombrosa medida'', acrescentou.

O governador chegou a afirmar que sua presença na sessão, transmitida ao vivo pela TV Assembléia, poderia causar transtornos à emissora. ''Afinal, em minha fala, inevitavelmente, como é meu dever constitucional, vou dar publicidade às ações do governo, o que talvez possa ser entendido como promoção pessoal; farei críticas à oposição pelo açodamento e irresponsabilidade de algumas denúncias; e não pouparei parte da imprensa pelo comportamento no episódio, omissa quando não entusiasta da censura'', disse.

Em seguida, Requião enumerou uma série de projetos e medidas adotadas em seus cinco anos de governo nas mais diversas áreas, como saúde, educação, segurança pública, agricultura, habitação, cultura e geração de empregos. Sempre comparando seu mandato com o do governo de seu antecessor, Jaime Lerner.

O líder da oposição na Assembléia, Valdir Rossoni (PSDB), afirmou que o discurso do governador não trouxe novidades. ''Ele citou mais a expressão 'olhando para trás' do que 'olhando para frente''', disse o deputado. Por isso, ele acredita que discussões políticas devem dominar os trabalhos da Casa ao menos no início deste ano. Entre elas, a possibilidade de se investigar os gastos de servidores públicos com cartões corporativos do governo do Estado. ''O que temos que fazer é continuar o nosso trabalho de fiscalização'', disse.

O líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), concorda que as discusões entre oposição e situação devem pautar o início dos trabalhos. ''O debate político vai ser muito acalorado por conta das eleições municipais e pelos temas da forma como vão ser tratados aqui'', afirmou.

Sobre os cartões corporativos, Romanelli afirmou ser contra a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para analisar os gastos. ''Para se ter uma CPI, tem que ter um fato determinado de uma irregularidade. Não ouvi falar em nenhuma irregularidade cometida com cartão corporativo aqui no Paraná'', declarou.

A questão, no entanto, dificulmente deixará de ser tratada na Assembléia. Até mesmo deputados da bancada do governo, como Tadeu Veneri (PT), defendem uma discussão sobre o uso dos cartões. ''Estaríamos dando um grande passo se fizéssemos isso no Paraná'', afirmou. Ele defende ainda que, ao mesmo tempo, os deputados discutam a possibilidade de dar mais transparência aos gastos feitos por eles com as verbas de R$ 27,5 mil que recebem mensalmente.

Fonte: Folha de Londrina

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