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Prossegue greve de 3 mil terceirizados na Usiminas em Cubatão

Continua a greve dos 3 mil operários das 18 empreiteiras que prestam serviços à Usiminas Cubatão, iniciada nesta quarta-feira (19), com audiência de conciliação marcada para as 11h30 desta sexta (21), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), na capital.

Em assembleia na manhã desta quinta-feira (20), na portaria da siderúrgica, a categoria assimilou a ausência de nova proposta das empresas, para renovação do acordo coletivo na data-base de agosto, e definiu o prolongamento da paralisação por tempo indeterminado.

Durante a assembleia, o presidente do sindicato dos trabalhadores na construção civil, montagem e manutenção industrial (Sintracomos), Macaé Marcos Braz de Oliveira, informou que a pretensão das empreiteiras de trabalhar com 30% do efetivo, durante a greve, em caráter excepcional, não teve apoio da Justiça do Trabalho.

Inverdade

Segundo ele, o TRT não aceitou a alegação jurídica das empresas de que o serviço dos terceirizados seria essencial: “O juiz responsável pelo dissídio esclareceu que as tarefas de montagem e manutenção industrial não constam dos serviços especiais previstos na lei de greve”.
Para o sindicalista, “faltar com a verdade não é uma estratégia inteligente diante da experiência de juízes acostumados a instruir, conciliar e julgar dissídios de greve durante anos a fio. Eles já sabem, de cor e salteado, que atividades são essenciais”.

“Da mesma forma”, continua Macaé, “não é boa tática induzir jornalistas a erro, levando-os a deixar vulnerável de credibilidade o noticiário”. O sindicalista refere-se a declarações à imprensa da negociadora das empreiteiras, Madalena Ritz.

Insanidade

Ela disse à reportagem do site do jornal A Tribuna de Santos que a proposta rejeitada pelos trabalhadores, na assembleia que deu início à greve, teria sido feita pelo sindicato: “Isso não é verdade”, diz Macaé. “Em todos os momentos, deixamos clara a nossa reivindicação”.

O sindicalista esclarece que revelou a Madalena a possibilidade dos trabalhadores aceitarem correção salarial de 10%, “menos de meio por cento acima da inflação anual de 9,56%. A diretoria do sindicato não seria insana para propor os 8% a que se refere a negociadora”.

Na assembleia de quarta-feira (19), os trabalhadores rejeitaram oferta das empreiteiras, feita na noite de terça (18), com reajuste salarial de 8%. Eles aceitaram, contudo, a participação nos lucros ou resultados (plr) de R$ 1.100 e vale-alimentação de R$ 200. Antes, elas ofereciam 7,04%, nada de ‘plr’ e vale de R$ 180.

Histórico

Macaé acredita que se as empresas melhorarem o índice de reajuste, concedendo um aumento real acima da inflação de 9,56%, a categoria aceita. Para isso, segundo ele, também precisa ficar claro que o vale-refeição de R$ 200 não será condicionado à ausência de faltas durante o mês, como as empresas propuseram anteriormente.

As assembleias foram na portaria da siderúrgica, que ficou tomada pelos trabalhadores. O trânsito nas imediações ficou prejudicado desde as 6 horas, quando começam a chegar os ônibus com a mão-de-obra.

Integrante da central Força Sindical, o Sintracomos recebeu diversos sindicalistas da capital paulista, principalmente metalúrgicos, que desceram a serra em solidariedade ao movimento.

Fonte: Força Sindical

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