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Presidente da Petrobras diz que futuro energético da América passa pelo Brasil

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse nesta terça-feira que na América há três caminhos para o desenvolvimento dos hidrocarbonetos: os poços em águas profundas do Brasil, o petróleo ultrapesado da Venezuela e as areias betuminosas do Canadá.

A declaração de Gabrielli foi dada ao fim de uma reunião no dia da abertura do Fórum Econômico Mundial, em Cancún, no México. Nesta terça-feira, diretores das principais petrolíferas do mundo concordaram em dizer que as fontes tradicionais de petróleo na América Latina estão se "esgotando".

Gabrielli e altos executivos da Pemex, da Shell, da StatoilHydro e da British Petroleum, convidados pela Secretaria (ministério) de Energia do México, concluíram que o futuro energético da região dependerá de maciços investimentos e de inovação tecnológica.

As explorações no Brasil, na Venezuela e no Canadá vão requerer "investimentos muito grandes, tecnologia muito complexa e inovação", disse o executivo brasileiro, segundo quem é necessário combinar todos os esforços e as capacidades do governo e da iniciativa privada para assegurar o futuro energético da América Latina.

Dentro do fórum, Gabrielli participou de um encontro que reuniu os presidentes da Pemex, Jesús Reyes Heroles, e da norueguesa StatoilHydro, Helge Lund, além do vice-presidente da Shell para a América, Marvin Odum, e o vice-presidente da BP, David Peattie.

Produção

A principal questão da indústria petrolífera atualmente é "o acesso às reservas e a produção em declive", disse o executivo brasileiro.

Por sua vez, Reyes Heroles disse em entrevista coletiva que o mercado internacional do petróleo está "enfrentando uma problemática" de que "os hidrocarbonetos de fácil acesso foram se esgotando".

"E os que estamos produzindo quase não são capazes de substituir os que estão em queda", acrescentou.

O diretor de Pemex também afirmou que as maiores dificuldades enfrentadas pelas petrolíferas para descobrir novas jazidas e manter os mesmos níveis de produção explicam o alto preço do petróleo, que está acima dos US$ 100.

Gabrielli e Reyes Heroles, que comandam duas das três maiores petrolíferas da América Latina --depois da estatal venezuelana PDVSA, a maior da região--, disseram que ambas as empresas esperam a aprovação da reforma energética apresentada pelo Executivo mexicano para analisar as possibilidades de colaboração.

Atuação

O plano das duas companhias é atuar junto na prospecção de jazidas petrolíferos em águas profundas do Golfo do México, onde a Petrobras já tem 300 blocos de prospecção do lado americano.

"A Pemex estaria interessada em se beneficiar da experiência da Petrobras na matéria, mas isto está sujeito a uma reforma", disse Reyes Heroles.

Já Gabrielli ressaltou que não há como excluir a Venezuela do desenvolvimento da indústria petrolífera latino-americana.

"A Venezuela tem hoje uma das maiores reservas de petróleo ultrapesado do mundo, e todas as companhias que queiram trabalhar com metas futuras precisam levá-la em consideração", disse.

Projetos

Por sua vez, Daniel Yergin, presidente da Cera (Cambridge Energy Research Associates), destacou que os projetos de exploração petrolífera no mundo são cada vez mais caros.

Neste sentido, afirmou que, segundo um estudo da instituição de pesquisa que comanda, um projeto petroleiro que atualmente custa US$ 5 bilhões demandaria, há dez anos, um investimento dez vezes menor.

Os empresários das multinacionais também discutiram a importância das energias sustentáveis.

Os padrões futuros de produção e consumo refletem que, em 2030, o mundo precisará de "pelo menos 50% mais energia" que a utilizada atualmente, o que significa uma situação "insustentável", segundo um documento final de conclusões do Fórum Econômico.

Paralelamente à reunião dos executivos das petrolíferas, ao longo do dia chegaram a Cancún, onde até amanhã acontecem as seções do Fórum Econômico Mundial dedicadas à América Latina, os chefes de Estado de El Salvador, México e Colômbia, embora também estejam confirmadas as presenças dos presidentes de Guatemala, Costa Rica, Trinidad e Tobago e Honduras.

Fonte: Folha Online

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