Economia do País deve crescer sem 'sobressaltos', diz Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao responder no seu programa semanal de rádio, Café com o Presidente, a uma pergunta sobre o crescimento do PIB no primeiro trimestre em 5,8%, sobre igual período de 2007, disse: "Nós precisamos crescer com muita responsabilidade e sem nenhum sobressalto". Ele salientou que o resultado do primeiro trimestre foi bom, mas alertou que é preciso que o ritmo da economia acompanhe com muita clareza a demanda, "porque se a gente continuar consumindo mais do que produz, o resultado é que a gente tenha uma inflação", disse o presidente.
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"Então nós vamos continuar trabalhando de forma séria, eu diria, muito equilibrada, para que a economia continue crescendo forte e que a gente possa ter um consumo também forte, mas não maior do que aquilo que a economia pode atender", afirmou Lula.
O presidente disse entender que "é extremamente importante o crescimento do PIB neste momento, porque isso significa que nós vamos ter mais emprego, os salários vão continuar crescendo, a renda das famílias vai continuar crescendo. Segundo porque os números são mais equilibrados e isso ajuda a combater a inflação. E nós vamos continuar nesse ritmo para que haja aumento do PIB sem oferecer risco para a demanda interna do País".
Educação básica
Na parte final do seu programa de rádio, o presidente comentou o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), também divulgado na última semana, salientando que ele cresceu em todas as etapas do ensino entre 2005 e 2007. O presidente destacou que, entre as regiões, o Nordeste se destaca com um dos maiores saltos de qualidade da educação básica.
"Mesmo tendo ultrapassado as metas estabelecidas pelo Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) para este ano, o caminho que devemos percorrer para chegar ao patamar dos países desenvolvidos ainda é muito longo. Significa que nós temos que trabalhar muito, mas muito mesmo para que a gente possa melhorar a educação básica no nosso País".
Lula disse pensar que, agora que saiu o Índice geral, logo, logo vai sair o índice por escola e "aí nós vamos precisar de prefeitos, governadores, presidente da República, pais de alunos, alunos sabendo, cada escola, como é que está a sua média. Todo mundo se unificar para que a gente possa melhorar definitivamente a educação desse país, detectando quais são os problemas que tem nas escolas de menor índice e, ao mesmo tempo, tomando decisões para que possamos melhorar definitivamente a educação básica no nosso País".
Fonte: Estadão