RODA DE CONVERSA DEBATE COMBATE AO FEMINICÍDIO
Dia 22 de julho é o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. No Paraná, até junho deste ano, o Tribunal de Justiça do estado (TJ-PR), teve conhecimento de 96 novos casos de feminicídio. Quando os números tratam de violência doméstica, o número chega a quase 23 mil no primeiro semestre de 2022.
Dados do Tribunal ainda mostram que mais de 20 mil medidas protetivas de urgência foram solicitadas no mesmo período do ano no estado.
O Código Penal prevê, desde a tipificação, o feminicídio como qualificador do crime de homicídio. A lei se deu por razões ligadas à "condição do sexo feminino" quando, por exemplo, envolve violência doméstica e familiar; menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
Pensando na importância de tudo isso, a Secretaria da Mulher da Força Sindical do Paraná promoveu no dia 26 de julho, às 10h, a Roda de Conversa: Combate ao Feminicídio No Paraná
O evento contou com a participação de Lindamara França: Psicóloga Especialista em Psicologia Clínica e Sexualidade Humana, Mestre em Educação Sexual, Pós-graduanda em Violência Doméstica Contra a Mulher.
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Ciclo da Violência:
De acordo com especialistas, o feminicídio é muitas vezes o fim de um ciclo de violência contra a mulher que começa muito antes, com sinais silenciosos. O Instituto Maria da Penha elenca três fases desse ciclo, que foram identificados pela psicóloga norte-americana Lenore Walker. Confira a seguir:
- Aumento da tensão: O primeiro passo do ciclo de violência começa quando o agressor se irrita com coisas pequenas, podendo ter acessos de raiva e humilhar a vítima;
- Ato de violência: Depois, vem a violência contra a vítima, que pode ser física, moral, psicológica ou financeira;
- Arrependimento: Na fase, que também é conhecida como lua de mel, o agressor se arrepende e passa a tratar a vítima com carinho. Nesta fase, a vítima costuma ficar confusa, pensando que o agressor pode mudar. Após isso, o ciclo se reinicia, com o aumento da tensão.
Roda de Conversa:
A Roda de Conversa é promovida pela Secretaria de Gênero e da Mulher da Força Sindical do Paraná e tem como objetivo trazer a luz de forma simples debates e reflexões, assim como a busca de possíveis soluções para importantes questões da sociedade em que vivemos.
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