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Centrais e trabalhadores de Curitiba se mobilizam pela redução da jornada para 40h

O Dia Nacional de Luta pela Jornada de 40 horas (28 de maio) foi marcado por uma série de mobilizações organizadas pelas centrais sindicais de todo Brasil. Em Curitiba, a partir das 4h da madrugada, a Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical do Paraná iniciaram um ato pacífico em frente a seis garagens de ônibus (Cidade Sorriso, Água Verde, Redentor, Glória, Carmo e Curitiba) com intenção de conscientizar motoristas e cobradores sobre a questão da redução de jornada de trabalho e direito dos trabalhadores de um modo geral. Também ocorreram, entre as 6h e às 9h da manhã, manifestações dos trabalhadores da Kraft, que bloquearam a BR-116, e outra, na altura do trevo da PUC.

A mobilização com motoristas e cobradores foi considerada vitoriosa. Na Cidade Sorriso, Curitiba Água Verde e Carmo a paralisação de 3 horas, das 5h às 8h, foi aprovada por unanimidade pelos trabalhadores. Nas outras duas, a votação nem chegou a ocorrer porque a Polícia Militar impediu a mobilização com truculência e violência. Os organizadores lamentaram, ainda, o fato do Sindimoc, sindicato que representa a categoria, não ter participado das mobilizações e, pior, ter tentado impedir que elas ocorressem. "Não contribuíram, pois estão contra interesses dos trabalhadores e favorecendo patrões e não podemos admitir isso no movimento operário brasileiro", criticou o secretário de relações institucionais da CTB, Zenir Teixeira.
 
Paralisação da BR-116

As centrais sindicais também se uniram aos trabalhadores pela manhã de quarta para reivindicar outros direitos, além da redução da jornada semanal para 40 horas. Com a paralisação de 400 funcionários da empresa Kraft, houve uma manifestação na BR-116. O objetivo do evento foi o de requisitar a construção de uma passarela no local, devido ao grande número de acidentes e também, pelo recente óbito de uma trabalhadora no local.
 
Passeata

Mais de quatro mil pessoas foram até a Praça do Atlético e manifestaram seu apoio ao movimento da redução da jornada de trabalho nesta quarta-feira (28). A passeata faz parte de uma série de manifestações organizadas por Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT-PR) e Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB). Da Praça do Atlético, o contingente de trabalhadores caminhou até a Praça Rui Barbosa, em um trajeto explicativo pela razão do qual cada trabalhador deve aderir ao movimento que no dia 3 de junho, as centrais sindicais vão à Brasília entregar o abaixo-assinado com 2,2 milhões de assinaturas ao presidente Lula.
 
Considerações e resultados

Os representantes dos movimentos sindicais classificaram as manifestações com voto positivo. Para o presidente da Força Sindical do Paraná, Sérgio Butka, "a mobilização conjunta entre centrais sindicais e trabalhadores de todos os setores mostram que o povo já tem uma nova percepção sobre seus direitos trabalhistas". A posição de Sérgio Butka é complementada pelo presidente da CUT-PR, Roni Anderson Barbosa que foi uma manifestação pacifica, ordeira e organizada por parte das centrais. "Lutando pelo objetivo da redução da jornada de trabalho e assim, dando melhor condição de vida ao trabalhador, dando mais tempo para que ele busque qualificação, estudos e lazer com a família", afirma. Quem finaliza as considerações é o Secretário de Relações Institucionais da CTB, Zenir Teixeira: "a luta não se encerra aqui, temos que continuá-la até que consigamos convencer deputados e senadores".
 
Violência Militar

Amanhã (29) as centrais discutem as medidas que serão tomadas contra a violência e as atrocidades cometidas pela Polícia Militar, que repreendeu duramente, sem qualquer diálogo, todos os movimentos no Estado. O Paraná foi o único estado do Brasil no qual as manifestações das 40 horas foram alvo de violência militar. Mais de 25 pessoas foram feridas por bombas, cacetetes, agressões físicas e balas de borracha. Todas já fizeram laudos de corpo de delito. A PM nega tudo, porém as centrais apresentarão todas as provas, inclusive com fotos e vídeos, nesta quinta-feira (29), em coletiva de imprensa às 15h em local a ser definido pela manhã.

Clique aqui e confira as fotos da passeata.

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