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Metalúrgicos rejeitam proposta das montadoras e param por 24h

Cerca de 11 mil metalúrgicos da Volks-Audi, Renault e Volvo não aceitaram a proposta salarial das montadoras e decidiram em assembléia realizada hoje, dia 1º, fazer uma paralisação de protesto por 24h. Com a atitude, os trabalhadores esperam que as empresas melhorem os valores oferecidos. Amanhã, 02, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) realiza novas assembléias às 5h30 e 14h30 na Volks e Renault e às 7h30 da Volvo. Na ocasião, a categoria irá decidir se volta a trabalhar ou entra em greve por tempo indeterminado. Hoje, às 18h, SMC e Sinfavea (entidade patronal que representa as empresas) fazem uma nova reunião. A expectativa é de que haja um avanço nas negociações, já que a diferença entre o que os trabalhadores reivindicam e o que as empresas oferecem ainda é grande. A data-base do setor é em 1º de setembro.

Na última sexta-feira, 29, o Sinfavea fez uma oferta muito abaixo do que a categoria reivindica: 0,5% de aumento real, além da correção da inflação dos últimos doze meses (7,6%). Os trabalhadores exigem 5% de aumento real, os 7,6% referentes à inflação e mais um abono de R$ 1,5 mil. Com a reprovação dos índices apresentados, os metalúrgicos optaram pela paralisação. Vale ressaltar que os trabalhadores já haviam dado um prazo para as montadoras apresentarem uma proposta em assembléia na terça-feira passada, dia 26. “Foi unânime. Os trabalhadores decidiram rejeitar a proposta porque entendem que ela está muito abaixo das expectativas. As montadoras estão batendo recordes de produção e vendas. Estão atravessando a melhor fase econômica e produtiva de toda a sua história. Não dá nem para começar a conversar com esses valores. Se as negociações não avançarem, a tendência é de que a paralisação de 24h vire uma greve por tempo indeterminado”, afirma o presidente do SMC, Sérgio Butka.
 
Proposta é inferior à fechada em 2007
 
A proposta de aumento oferecida pelas montadoras é inferior até mesmo a que foi fechada ano passado. Em 2007, os metalúrgicos da Volks e Renault tiveram que fazer quatro dias de greve para conquistar um aumento real de 2,5%. Contando com os 4,82% referentes à correção da inflação, a categoria teve um aumento total de 7,44%. Além disso, os trabalhadores receberam também um abono de R$ 1,5 mil. Na Volvo, não houve greve. Os valores fechados com a fábrica de ônibus e caminhões foram os mesmos da Volks e Renault, só que com um abono de R$ 1 mil. “Foram mobilizações históricas, que serviram de exemplo para os trabalhadores de todo o país”, relembra Butka.
 
Prejuízo

Com a paralisação de 24h, as montadoras começam a amargar prejuízos. Na Volks, cerca de 850 veículos deixarão de ser fabricados. Na fábrica de São José dos Pinhais são produzidos os modelos Fox, Fox 4 portas, Cross Fox e Golf geração 5. Já a Renault deixará de fabricar aproximadamente 800 carros. Na unidade de São José dos Pinhais da montadora francesa são fabricados os modelos Sandero, Scenic, Logan e Megane. Na Volvo, deixarão de ser produzidos hoje cerca de 68 caminhões e 9 ônibus.

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