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Sem proposta, metalúrgicos da Volks e Renault decidem ficar parados por mais 48h

Os cerca de 8 mil metalúrgicos da Volkswagen-Audi e Renault decidiram em assembléia hoje, dia 2, continuar com a paralisação iniciada ontem, por, no mínimo, mais 48 horas. Isso porque o Sinfavea não apresentou nenhuma nova proposta salarial. Em reunião com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), realizada na noite de ontem, os representantes das montadoras afirmaram que só voltam a negociar se os metalúrgicos retornarem ao trabalho. Essa proposta foi colocada em votação na assembléia de hoje e reprovada por 100% dos trabalhadores, que decidiram continuar parados e aguardar uma nova proposta. A categoria, que tem data-base em 1º de setembro, reivindica 5% de aumento real, 7,6% referentes a correção da inflação e R$ 1,5 mil de abono.

Na próxima quinta-feira, dia 4, o SMC realiza novas assembléias na porta das duas fábricas, em São José dos Pinhais. Se o Sinfavea não aumentar sua oferta salarial, que hoje é de apenas 0,5% de aumento real e 7,6% da correção da inflação, a tendência é de que a paralisação continue. Até o momento, não há nenhuma nova reunião de negociação entre o Sindicato dos Metalúrgicos e o Sinfavea. “O trabalhador segue mobilizado. Enquanto as montadoras não apresentarem uma proposta digna, de acordo com a produção e lucro recorde que estão tendo, a situação continuará como está”, afirma o presidente do SMC, Sérgio Butka.

Volvo volta ao trabalho

Após ter sua produção paralisada por 24h, a direção da Volvo decidiu abrir canal de negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos, independente do Sinfavea. A direção da empresa se comprometeu a apresentar uma proposta de aumento salarial até a próxima quinta-feira, dia 4. Com isso, os trabalhadores decidiram interromper a paralisação e voltar ao trabalho.

Prejuízos na Volks e Renault aumentam

Com o segundo dia de paralisação total, os prejuízos da Volks e Renault seguem aumentando. Só entre ontem e hoje, a Volks deixou de produzir cerca de 1,7 mil automóveis. Na Renault, a perda foi de aproximadamente 1,6 mil veículos.


Proposta é inferior à fechada em 2007

A proposta de aumento oferecida pelas montadoras é inferior até mesmo a que foi fechada ano passado. Em 2007, os metalúrgicos da Volks e Renault tiveram que fazer quatro dias de greve para conquistar um aumento real de 2,5%. Contando com os 4,82% referentes à correção da inflação, a categoria teve um aumento total de 7,44%. Além disso, os trabalhadores receberam também um abono de R$ 1,5 mil. Na Volvo, não houve greve. Os valores fechados com a fábrica de ônibus e caminhões foram os mesmos da Volks e Renault, só que com um abono de R$ 1 mil. “Foram mobilizações históricas, que serviram de exemplo para os trabalhadores de todo o país”, relembra Butka.

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