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Sindicato dos Metalúrgicos anuncia ações de combate às demissões no setor

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) anunciou hoje, dia 8, em entrevista coletiva, ações que visam combater a série de demissões que estão ocorrendo no setor. Duas das maiores empresas da categoria, Bosch e Volvo, ambas situadas na CIC, demitiram só na última semana mais de 600 trabalhadores. Na Bosch, foram cerca de 200 dispensas. No acumulado de janeiro a dezembro, o número sobe para aproximadamente 800. Já na Volvo, 430 funcionários foram demitidos na semana passada. Destes, 250 eram trabalhadores com contrato temporário. Os outros 180 eram efetivos.

Para combater o problema, o SMC tomará duas linhas de ação: uma para coibir novas demissões e outra para discutir e rever as demissões já anunciadas. A diretoria da entidade definiu que antes de agendar qualquer rescisão de contrato, chamará primeiramente as empresas para conversar. As indústrias terão que justificar o porquê estão demitindo. O objetivo é buscar soluções alternativas para a questão, que não seja a simples dispensa do funcionário.  Já em relação aos trabalhadores demitidos, o Sindicato estará convocando as empresas para uma audiência no Ministério Público do Trabalho para discutir e rever a questão das demissões.

Além da Bosch e Volvo, as montadoras Volks-Audi e Renault, que estão em véspera de férias coletivas, também já começaram a demitir. Cerca de 70 funcionários foram dispensados recentemente. “Se elas demitissem após as férias coletivas, teriam que pagar pelo menos mais dois salários aos trabalhadores. As montadoras ganharam muito dinheiro em 2008 e ainda querem lucrar um pouco mais às custas das demissões dos trabalhadores metalúrgicos. Com isso nós não concordamos. Nossa meta é coibir as demissões imotivadas em detrimento da garantia de emprego dos trabalhadores. Não é possível que após um ano altamente produtivo e lucrativo, as empresas ainda ganhem com as demissões”, afirma o presidente do SMC, Sérgio Butka. 

Trabalhador não pode pagar a conta da crise

Além das ações promovidas pelo SMC, as centrais sindicais estão se organizando e se mobilizando em nível nacional para evitar que a onda de demissões prossiga. Na última terça-feira, dia 2, a Força Sindical realizou plenária em Brasília para discutir a crise financeira mundial e seus reflexos. Com o tema “os trabalhadores não vão pagar pela crise”, mais de 300 dirigentes sindicais de diversas categorias profissionais de todo o país debateram ações para combater o problema. Os trabalhadores questionaram o fato de o governo federal estar liberando milhões em recursos para ajudar as empresas, sem que estas dêem uma contrapartida que venha a assegurar os empregos.

No dia seguinte, a Força e outras centrais sindicais levaram mais de 30 mil pessoas à capital federal para a 5ª Marcha da Classe Trabalhadora. Além de exigir a manutenção dos empregos, os trabalhadores reivindicaram também a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, o fim do fator previdenciário que “confisca” as aposentadorias, a correção da tabela do imposto de renda, entre outras bandeiras. Ao final, um documento com as reivindicações dos trabalhadores foi entregue ao presidente Lula e aos presidentes da Câmara, Arlindo Chinaglia, e do Senado, Garibaldi Alves.

Acordos ajudam a aquecer a economia

Os acordos coletivos fechados pelo SMC na Campanha Salarial de metalurgia e máquinas estão ajudando a combater os efeitos da crise mundial. Esse é a avaliação do economista do Dieese, Cid Cordeiro. Mais de 40 acordos de data-base já foram assinados com diversas empresas da categoria, garantindo a correção da inflação acumulada nos últimos doze meses, abonos de até R$ 1,5 mil, aumento real entre 3% e 3,6%, além de outros avanços. “Esses acordos com ganho real de salário e abono injetam mais dinheiro no bolso do trabalhador. Conseqüentemente, o consumo aumenta, o comércio ganha, o setor de serviços também. É um circulo virtuoso que se forma, ajudando a movimentar a economia”, afirma. 

Confira as fotos e a vídeo-reportagem.

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