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Brasil Metalúrgico: nossa luta é pela manutenção dos empregos e da renda do trabalhador
Luta na Renault foi um dos destaques do debate online promovido com os metalúrgicos de todo o Brasil
Sindicatos, e federações e Confederações dos Metalúrgicos de todo o país, que participam do movimento “Brasil Metalúrgicos”, se reuniram por videoconferência, hoje (24), pela manhã, para debater a conjuntura nacional e traçar estratégias conjuntas de luta em proteção ao emprego, sobre as campanhas salariais no segundo semestre e da resistência aos ataques dos direitos dos trabalhadores.
Na reunião, ganhou destaque a luta dos metalúrgicos da Renault, em São José dos Pinhais (PR) como um exemplo a ser seguido pelo movimento de resistência ao desemprego e aos ataques aos direitos da classe trabalhadora. “Por mais que estejamos passando por um momento complicado no país, devemos lutar para que não queria se resolver a crise nas costas dos trabalhadores e da população em geral. É lutar ou lutar”, deixou claro o presidente do SMC, Sérgio Butka.
Entre os encaminhamentos de atuação aprovados estão:
1) A CONTINUIDADE DA UNIDADE NACIONAL E DE LUTA CONTRA O DESEMPREGO
- Avançar nos esforços para construir a unidade nacional na luta da categoria procurando fortalecer a atuação e a luta na base, sem o que tampouco haverá luta nacional;
- Dar início à luta pelo Contrato Coletivo Nacional, com três ou quatro pontos que sejam comuns a toda a categoria nacionalmente. Foi eleita uma comissão para levantar o que há de material sobre isso e sistematizar uma proposta (que estruture o que seria esse contrato, os pontos que seriam tratados nele, etc). Essa comissão está aberta à participação de outros Sindicatos, dos estados, federações e confederações;
- Essa mesma comissão ficou com a responsabilidade de preparar uma proposta de campanha contra o desemprego, considerando que esta questão tende a se agravar e transcender às próprias campanhas salariais;
- Fazer levantamento das questões pendentes no STF, que sejam do interesse dos trabalhadores, para suscitar iniciativas ou uma campanha do movimento sindical de pressão sobre o Supremo, em defesa do ponto de vista dos trabalhadores. De imediato o que se sabe é que está em curso no STF discussões sobre a correção do FGTS, sobre o critério para correção das dívidas trabalhistas, sobre a vigência da Convenção 158 da OIT (proibição da demissão imotivada) e também a decisão sobre contribuição sindical;
2) CAMPANHAS SALARIAIS
- Estreitar as relações entre os sindicatos em cada estado, para buscar o máximo possível de unidade nos encaminhamentos e na luta das campanhas salariais. O estado de São Paulo já tirou uma declaração conjunta. É preciso que os outros estados caminhem no mesmo sentido, e que sejam tomadas todas as iniciativas que reforcem a unidade na luta;
- Levar aos trabalhadores, em meio à mobilização das campanhas salariais, a discussão sobre a unidade na luta que vem sendo construída no âmbito do Brasil Metalúrgico, para fortalecer a mobilização dos trabalhadores em defesa de suas convenções coletivas, na defesa do emprego e dos direitos que vem sendo atacados pelo governo, etc;
- Retomar o esforço para unificar as Datas Base, pelo menos em cada estado (ainda que nosso objetivo deveria ser chegar a uma única data base em todo o país, para a categoria metalúrgica).
3) APOIO A TODAS AS LUTAS DOS TRABALHADORES
A reunião também discutiu a importância do apoio e da solidariedade de todos os que estão na luta. Nesse sentido, a reunião aprovou também:
- uma nota de solidariedade à greve dos trabalhadores nos Correios;
- uma nota de apoio à luta dos trabalhadores da Usiminas (sindicatos de Santos e Ipatinga) contra as demissões anunciadas e realizadas pela empresa.
A próxima reunião do Brasil Metalúrgico ficou previsto para acontecer no dia 14 de setembro.
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