O movimento sindical aperta o cerco contra os juros que tem travado o país e atrapalhado a manutenção dos empregos. Juros altos limitam o crédito, dificultam financiamentos, inibem as vendas e prejudicam a produção. Enquanto o Banco Central continuar teimando em manter o Brasil com os juros mais altos do mundo, estaremos pressionando pela redução dos juros. Infelizmente, a independência do Banco Central, implementado no governo passado, mostra porque o movimento sindical sempre foi contra essa proposta. Hoje, o Banco Central está nas mãos dos banqueiros, da turma que só vive de especulação financeira, da turma que não produz. Quanto mais alta a taxa de juros, mais essa turma ganha. Mesmo que isso signifique atrasar o país. E como o BC é independente, o governo fica de mãos atadas. Também estamos na pressão pela isenção do Imposto de Renda sobre a PLR dos trabalhadores. Reivindicação que muito interessa, principalmente, os metalúrgicos da Grande Curitiba, que tem conquistado as maiores PLRs do país no setor privado. É preciso colocar dinheiro na mão do trabalhador. Fortalecer a renda e valorizar a mão de obra é o melhor caminho para movimentar a economia. É uma fórmula de sucesso que gera emprego e garante uma melhor qualidade de vida para a população. Nos mantenhamos unidos na luta pela reconstrução da economia e do Brasil. Menos juros, mais emprego e renda já.

Sérgio Butka
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, da Federação dos Metalúrgicos do Paraná (Fetim) e da Força Sindical do Paraná.