Resultado do emprego mostra que economia se recupera
O resultado do emprego no mês de março divulgado nesta semana pelo Caged é mais um sinal de que a economia brasileira está em recuperação. A avaliação é de Bráulio Borges, economista-chefe da LCA Consultores, que espera que os próximos meses também tenham um saldo positivo de emprego.
A reportagem é de Guilherme Barros e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 17-04-2009.
No mês passado, foram criadas 34.818 vagas com carteira assinada. Apesar do saldo positivo, o resultado é muito menor que o registrado em março de 2008, com abertura de 206.556 postos no país.
Para Borges, o que importa é a comparação com o mês anterior, e não com o mesmo período do ano passado. Em fevereiro, 9.179 novos empregos foram criados no mercado formal, segundo o Caged.
"É covardia comparar qualquer indicador deste ano com o mesmo período do ano passado. A economia se retraiu muito com a crise. A questão agora é avaliar a conjuntura atual", afirma o economista.
Segundo análise da LCA, retirando as influências sazonais, março foi o primeiro mês de criação efetiva de vagas desde novembro de 2008 - com 30 mil postos. Com ajuste sazonal, o mês de fevereiro teve um fechamento de 17 mil postos, de acordo com a consultoria.
Para Borges, a tendência é que o quadro de emprego melhore ainda mais no segundo trimestre. Além do reaquecimento da economia, ele cita as contratações para o Dia das Mães e para o Dia dos Namorados como fatores de impulsão do emprego no período.
Nesse sentido, Borges também considera que as medidas adotadas pelo governo no primeiro trimestre para aquecer a economia, como a edição do pacote habitacional, vão se refletir em um aumento do emprego "em taxas mais robustas" no segundo trimestre.
Para Borges, o desemprego no Brasil não vai superar a taxa de 9% da população economicamente ativa neste ano. "O nível de desemprego tende a se estabilizar", afirma.
Fonte: Instituto Humanitas Unisinos