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Governo do Paraná vai acompanhar situação de trabalhadores da Bosch

O Governo do Paraná vai acompanhar a situação dos 900 empregados da Bosch, demitidos no final da tarde desta quinta-feira (18), em Curitiba. A Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social vai estar atenta aos desdobramentos da decisão da empresa, que fechou a fábrica nesta sexta-feira (19). Além das demissões, a multinacional alemã colocou os três mil funcionários restantes em licença remunerada, até o dia 28 de junho. O secretário do Trabalho, Nelson Garcia, já solicitou informações dos benefícios fiscais recebidos pela unidade paranaense. Caso a empresa participe dos programas estaduais de isenção, redução ou dilação de ICMS, as demissões ficariam vedadas pela Lei nº 15.426, de 30 de janeiro de 2007. “O objetivo é garantir a manutenção dos empregos. O projeto sofreu modificações recentes e agora tem os mesmos efeitos da proposta feita pelo governador Roberto Requião, que vincula a concessão de empréstimos públicos à garantia do emprego dos trabalhadores. Se a empresa demitir, perde todos os benefícios que recebe do governo”, explicou. Garcia quer o apoio dos deputados estaduais para evitar prejuízos aos trabalhadores. O secretário deve entrar em contato com o líder governista na Assembleia Legislativa, deputado Luiz Cláudio Romanelli, e com o presidente da Casa, deputado Nelson Justus, para garantir um espaço de debate sobre o assunto na sessão da próxima segunda-feira (22). Diálogo - O coordenador de Relações do Trabalho da Secretaria, Nuncio Mannala, participou, na manhã desta sexta-feira (19), da reunião plenária do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba (SMC). Segundo ele, também serão feitos contatos com diretores da fábrica. O objetivo é estabelecer diálogo com as partes envolvidas e buscar soluções conjuntas, retomando as negociações que estão paradas. Manalla adiantou que o Sindicato dos Metalúrgicos vai entrar com ação no Ministério Público do Trabalho e solicitar a suspensão dos desligamentos. “O pedido será para que o órgão intervenha na situação e não permita estas 900 demissões. No período da tarde, o Sindicato deve entrar na Justiça para tentar obter uma liminar que obrigue a empresa a recontratar os funcionários, ainda que provisoriamente”, disse. Ele conta que a decisão da multinacional causou estranheza, pois não foi feito nenhum comunicado ao governo do Estado sobre as dificuldades enfrentadas. Ao contrário, em uma reunião no início da semana, a direção da empresa teria garantido a manutenção dos postos de trabalho aos representantes dos funcionários. De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba e da Força Sindical do Paraná, Sérgio Butka, não houve qualquer negociação, mesmo com o comprometimento prévio dos diretores em não demitir ninguém antes de conversar. “Em maio procuramos a empresa para cobrar posição sobre estes empregos, pois sabíamos que muitos trabalhadores estavam com medo. A resposta foi que não haveria cortes”, afirmou. No comunicado oficial da empresa, entregue para a imprensa, a Bosch diz que tentou um acordo com o sindicato, para que houvesse redução de salários e de carga horária, mas a proposta não foi aceita. Segundo Butka, a oferta de redução salarial e de carga horária foi rejeitada porque a empresa não garantia que os empregos seriam mantidos. “A Bosch não tentou fazer acordo, quis fazer uma imposição. Apresentamos uma proposta para que o contrato desses 900 funcionários fosse suspenso pelo prazo de cinco meses, como já foi feita com a ajuda do governo no caso da Renault, mas eles não aceitaram”, ressaltou ele. “Também tentamos montar um programa de demissões voluntárias ou um banco de horas, e a resposta da direção foi de que eles iriam esperar mais sinais da economia internacional antes de tomar qualquer atitude”, completou. A Empresa - A Bosch alega que foi afetada pela queda de 40% nas exportações para os Estados Unidos, Europa e Ásia desde outubro do ano passado, por causa da crise mundial. A unidade da Bosch na Cidade Industrial de Curitiba produz peças para motores movidos a diesel, para caminhões, tratores e geradores, e é a única na América Latina a produzir equipamentos de alta tecnologia. Segundo a multinacional, não existem planos de fechar, em definitivo, a filial paranaense. A Bosch também tem unidades em Campinas, no Estado de São Paulo, e em Aratu, na Bahia. Elas não foram afetadas pelos cortes, pois tem produção voltada majoritariamente para o mercado interno. Juntamente com a fábrica do Paraná, elas empregam 11 mil pessoas. Fonte:Agência Estadual de Notícias
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