Lupi pedirá ajuda à AGU para acelerar processo contra acusados de chacina de Unaí
O Ministério do Trabalho pedirá à Advocacia-Geral da União (AGU) que passe a ser co-autora do processo contra os nove acusados de envolvimento da morte de três auditores fiscais e um motorista, em Unaí (MG). Com a medida, o julgamento poderá ser acelerado.
O anúncio foi feito após reunião do ministro com duas das viúvas dos auditores mortos – Helba Soares da Silva, viúva de Nelson José da Silva, e Genir Lage, viúva de João Batista – e a presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Rosa Maria Campos Jorge. O sindicato está elaborando um abaixo-assinado condenando a demora no julgamento do crime, que completou quatro anos no último dia 28.
Para Lupi, o fato de não ter ocorrido julgamento quatro anos após o crime pode ser considerado “sinal de impunidade". Segundo ele, a Secretaria de Inspeção do Trabalho do ministério elaborará nota técnica para avaliar o efeito da demora do julgamento sobre a atividade dos fiscais. “Isso gera um efeito na eficiência e na maneira de trabalho, pois muitos se sentem ameaçados pela impunidade que se tem nesse processo", disse o ministro Carlos Lupi.
De acordo com o ministro, a nota técnica ficará pronta depois do carnaval. O documento servirá como base para pedir providências à Advocacia-Geral da União para entrar como co-autora na ação penal em andamento no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (em Brasília) desde 2005.
O crime em Unaí aconteceu no dia 28 de janeiro de 2004, quando os auditores fiscais João Batista Soares Lage, 50 anos, Eratóstenes de Almeida Gonçalves, 42, e Nelson José da Silva, 52, além do motorista Ailton Pereira de Oliveira, 51, foram executados a tiros por pistoleiros. Na ocasião, eles participavam de uma fiscalização em fazendas de feijão no município.
Fonte: DIAP