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Arroz e feijão pesam no bolso do curitibano

O tradicional ‘arroz com feijão’ está pesando no bolso dos consumidores. Os dois produtos estão entre os itens da cesta básica que mais subiram em Curitiba no mês passado: 13,13% no caso do arroz e 9,10% no do feijão. Outros nove produtos registraram aumento, e apenas dois tiveram queda. O resultado foi alta de 5,36% na cesta, a quinta maior do país. Desde janeiro, os preços dos alimentos já subiram 17,90% na capital paranaense; no mesmo período do ano passado, a alta era de 1%.

“Esse resultado em maio nos surpreendeu. Não esperávamos que os alimentos mantivessem fôlego de aumento”, comentou o supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, regional Paraná (Dieese-PR), Cid Cordeiro. Em abril, os alimentos já haviam subido 6,37%.

De acordo com o economista, é o cenário internacional que mais vem pressionando os preços dos alimentos. Entre os principais fatores externos estão a alta do petróleo, que eleva os custos de produção como fertilizantes e combustíveis; o crescimento da demanda mundial, puxado por países como China, Rússia e Índia, além da especulação financeira sobre o mercado agrícola futuro. “Existe uma conjuntura internacional que está pressionando os preços dos alimentos”, comentou Cordeiro.

A alta mais expressiva foi a do arroz, que ficou 13,13% mais caro, passando de R$ 1,60 o preço médio do quilo em abril para R$ 1,81 no mês passado. No caso do feijão, que ficou 9,10% mais caro em maio, a alta do produto se deve ao repasse do aumento de custo e da margem de lucro. “O feijão teve boa safra. Não era para ter este aumento”, falou Cordeiro. Desde maio do ano passado, o produto ficou 135% mais caro: custava R$ 1,80 o quilo e passou para R$ 4,21.

Inflação

Desde janeiro, os preços dos alimentos já subiram 17,90% em Curitiba, resultado bem acima da inflação, que é de 2,75% no acumulado do IPCA-15 - índice utilizado pelo governo para medir a inflação brasileira - até maio. No mesmo período do ano passado, os alimentos haviam subido bem menos: cerca de 1%. Em maio, o custo da cesta básica ficou em R$ 220,74 - a sétima mais cara do país entre 16 capitais pesquisadas. Em dezembro do ano passado, a mesma cesta custava R$ 187,23.

A alta dos alimentos atinge principalmente os brasileiros de renda mais baixa. “Quanto menor a renda, maior o peso dos alimentos no orçamento”, ponderou Cordeiro. Para famílias que ganham entre um e oito salários mínimos, o peso é de 20%. Segundo Cordeiro, o aumento do salário mínimo - que passou de R$ 380,00 para R$ 415,00 em fevereiro - não assegurou o poder aquisitivo da população. “Nos últimos 12 meses, a renda subiu 2% acima da inflação, enquanto a alimentação 7,5%”, comparou.

Higiene e limpeza sobem

Os produtos de higiene e limpeza também ficaram mais caros em Curitiba no mês passado. Os itens de limpeza subiram 2,08%, puxado sobretudo pela esponja de louça (alta de 16,63%) e do sabão em pó (2,12%).

No caso dos produtos de higiene, a alta foi ainda maior - de 2,87% -, influenciado pelo papel higiênico, que ficou 7,43% mais caro, xampu (alta de 6,50%) e absorvente feminino (5,61%).

Os dados fazem parte da pesquisa divulgada ontem pela Federação dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação do Paraná (Feaconspar), em parceria com o Dieese-PR.

Fonte: Paraná Online

Desenvolvido por Agência Confraria

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