![Imagem](media/img_noticias/2445carteira_de_trabalho.jpg)
GOVERNO ESTADUAL E BANCADA PATRONAL QUEREM A REDUÇÃO DOS REAJUSTES DO PISO MÍNIMO REGIONAL
Em reunião do Conselho Estadual do Trabalho, Emprego e Renda para definir a regra do reajuste do Piso Mínimo Regional, ocorrida no último dia 24 de novembro, o governo do estado, juntamente com a bancada de representantes do patronal, propuseram que o Piso Mínimo Regional tenha valores inferiores ao do salário mínimo nacional pelos próximos quatro anos. O resultado dessa medida seria a diminuição das diferenças entre as faixas do piso regional e o do salário mínimo. Hoje, o piso regional do Paraná é o maior do país.
A bancada trabalhista no Conselho, representada pela Força Sindical do Paraná, as demais Centrais Sindicais e o Dieese, se posicionaram totalmente contrários à proposta. A bancada dos trabalhadores propôs o mesmo percentual do reajuste do salário-mínimo, com arredondamento com base no valor hora.
Como não houve consenso entre as partes, o secretário estadual da Justiça, Família e Trabalho, Rogério Carboni, propôs uma votação, em virtude do prazo reduzido para enviar a proposta para a Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP). A proposta do governo foi aprovada por 11 a 6 e seguirá para a ALEP. Os representantes das Centrais criticaram a falta de diálogo do governo e seu alinhamento contra os trabalhadores. Para tentar diminuir o prejuízo aos trabalhadores com o encurtamento da diferença entre o Piso Regional e o salário mínimo nacional, o representante do DIEESE propôs a inclusão de uma condicionante à proposta: caso seja instituída uma política de valorização do salário-mínimo nacional, a regra de reajuste do piso regional paranaense tem que ser rediscutida no GT Piso Regional do conselho, proposta que foi acatada pela maioria.
“Nossa luta é para tentar continuar garantido o Piso Regional como o maior do país. O salário mínimo do Paraná é uma conquista dos trabalhadores que serve de referência para várias categorias de trabalho ajudando na economia do estado. Por isso, nossa crítica ao posicionamento do governo e do patronal em não perceber que diminuindo o piso eles diminuem o poder de compra do trabalhador e, consequentemente, impactam negativamente na economia do Paraná”, diz o presidente da Força Paraná, Sérgio Butka.
No conselho, a Força Paraná é representada pelo diretor Paulo Pissinini e o assessor sindical Paulo Pedron.
Comente esta notícia