Os discursos feitos pelo Papa Francisco em sua visita ao Brasil vem ao encontro dos mesmos discursos feitos todos os dias pelos Sindicatos dos trabalhadores brasileiros. Isso mostra que o pensamento da Igreja está alinhado ao dos trabalhadores. Assim como o Santo Padre teve a coragem de denunciar a exclusão social a que são submetidos os idosos e os jovens, vítimas do desemprego e de uma mentalidade materialista que não leva em conta a dignidade humana, também as organizações trabalhistas não se cansam de denunciar que já passou da hora de os governantes mudarem os rumos das políticas econômicas, que hoje só privilegiam o lucro, banqueiros e o grande capital em detrimento da pessoa do trabalhador e da população. Foi essa postura que causou a Crise Mundial e tem atrasado o desenvolvimento dos países. 

O Brasil é um grande exemplo de como o descaso governamental tem impedido o país de rumar a uma ordem que coloca o ser humano no centro das preocupações, como pede o Santo Padre. A pauta trabalhista está parada nas mãos do governo. Os projetos que beneficiam a classe trabalhadora, como a redução da jornada e o fim do fator previdenciário, continuam engavetados no Congresso Nacional.

Sabemos que essa situação só vai mudar se o trabalhador e a trabalhadora forem pra rua pressionar e protestar. É por isso que as Centrais estão novamente convocando uma greve geral para o próximo dia 30, caso o governo não se mova em relação às reivindicações dos trabalhadores.

Vamos colocar em marcha a mensagem deixada pelo Papa no seu discurso para os moradores da favela da Varginha, no Rio de Janeiro: “Não se cansem de lutar por um mundo mais justo e solidário”. Essa é a verdadeira missão de cada um de nós, seres humanos. Então, vamos seguir na luta, companheirada!